Produção de petróleo e gás natural aumenta 10% em maio, diz ANP

A produção de petróleo e gás natural no Brasil bateu novo recorde em maio, de acordo com o boletim mensal divulgado hoje pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), com altas que passam de 10% em comparação com o ano passado. Os números mostram crescimento tanto no volume extraído de petróleo quanto de gás natural. O preço da commodity está em elevação no cenário internacional.

O que aconteceu

Produção de petróleo diária é de 3,7 milhões de barris, conforme relatório da ANP. O volume representa uma alta de 1,3% em relação a abril. Na comparação com maio de 2024, o crescimento foi de 10,9%.

Produção de gás natural aumentou 2,6% em comparação a abril, totalizando 172,3 milhões de m³ por dia. O aumento foi de 2,6% frente ao mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o avanço foi de 18,3%.

Pré-sal respondeu por 79,8% da produção nacional. Foram extraídos 3,803 milhões de barris de óleo equivalente (medida usada para tratar do petróleo e gás natural juntos) das reservas dessa camada. O resultado representa um crescimento de 1,8% em relação a abril e de 14,8% frente a maio do ano passado. O petróleo do pré-sal somou 2,943 milhões de barris por dia e o gás natural, 136,75 milhões de m³ diários. A produção ocorreu em 163 poços.

Entre os estados, o Rio de Janeiro liderou com 88% da produção de petróleo. Espírito Santo e São Paulo ficaram com 5% cada. As bacias de Santos e de Campos concentraram os maiores volumes. Santos respondeu por 78% do petróleo e 79% do gás natural. Campos ficou com 19% e 8%, respectivamente.

Variações mensais refletem ajustes operacionais típicos da indústria, como paradas programadas para manutenção e entrada de novos poços em operação. Segundo a ANP, a estabilidade e o crescimento da produção são resultado de investimentos contínuos em tecnologia e gestão de ativos, especialmente nas áreas do pré-sal, "consolidam o Brasil como um dos principais produtores globais de petróleo em águas profundas".

Preços em alta

Preços do petróleo fecharam em alta hoje, impulsionados por indicadores favoráveis da demanda global, especialmente vindos da China. Barril do petróleo Brent para setembro avançou 0,55% no principal mercado, fechando a US$ 67,11.

Indice de gerentes de compras industrial da China subiu de 48,3 em maio para 50,4 em junho, superando as expectativas do mercado. Como o país é o maior importador de petróleo do mundo, o resultado sugere uma recuperação na atividade industrial e reforça a perspectiva de aumento na demanda pela matéria-prima.

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