Bob Wollheim: IA deve acabar com empregos; desafio é não ficar parado
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A chegada cada vez mais acelerada da IA deve sim acabar com algumas profissões e tirar empregos, mas muitos outros novos surgirão, e o grande desafio é não ficar parado e aproveitar as novidades, analisou Bob Wollheim, sócio e vice-presidente da CI&T, em entrevista ao Mercado Aberto de hoje.
Eu acho que a resposta correta é sim. Existe sim [risco de profissões acabarem]. Existe um conjunto de coisas que a gente acha que são muito humanas, mas que na verdade são muito repetitivas, e a IA vai fazer melhor que a gente. Acho que a gente tem que admitir isso.
Vou dar um exemplo nosso, nós criamos uma plataforma, CI&T Flow, para ajudar nosso processo de fazer código. Tem várias etapas do que era, antigamente, escrever a linha do código, que não vão precisar existir mais. O CI&T Flow faz.
Então, uma profissão tradicional de ser um programador, ela se transforma. E aí é meu ponto. Isso é um desafio? Sem dúvida que é um desafio. Mas eu acho que o que a gente não vê é a imensidade de novas oportunidades que vão surgir com o IA.
Bob Wollheim
O vice-presidente da CI&T ressaltou que ao mesmo tempo em que muitas profissões acabam, muitas outras novas surgem, porém agora em uma velocidade muito mais rápida, por isso é importante acompanhar a evolução e não ficar parado.
Eu sou um otimista, respondi que sim, eu acho que muita coisa acaba, mas eu acho que muita coisa nova surge. E o desafio é não ficar parado, porque vai ser rápido, comparativamente à Revolução Industrial ou Revolução Agrícola, foram às vezes séculos, dezenas de anos.
Aqui nós vamos ter alguns poucos anos, então os profissionais vão precisar se readaptar rápido e recriar o seu próprio futuro rápido. Mas eu sou otimista, apesar de eu ter dito que sim, acho que muita coisa acaba, eu acho que surgem muitas mais novas, é só questão de fazer essa transição rápido.
Bob Wollheim
Wollheim deu um exemplo de como a IA pode ajudar em profissões no futuro, citando o empreendedorismo, que agora com pequeno grupo de pessoas, pode se tornar uma empresa global.
Eu acho que o empreendedorismo e talvez o empreendedorismo quase individual ou de pequenos grupos, nós vamos ter grandes empresas de sucesso de uma pessoa, duas, três, cinco, dez. Empresas globais.
Nós já temos alguns casos por aí no mundo de empresas com dez, quinze pessoas que são empresas globais que estão crescendo imensamente. E esses novos formatos de trabalho, de home office, eu acho que empresas serão provavelmente um agregado de vários formatos diferentes.
Tem o formato tradicional, trabalho exclusivo, dedicado, terá o formato de rede, terá o formato de um grande conglomerado de pequenos empreendedores. Ou seja, eu acho que a gente vai viver uma renascença, uma explosão de empreendedorismo, por exemplo, além de uma explosão de um milhão de novas profissões que a gente nem sabe exatamente quais elas são agora.
Bob Wollheim
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