'Austeridade não deu certo em nenhum país', diz Lula em meio à crise do IOF
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Em meio a uma disputa com o Congresso sobre a cobrança do IOF, o presidente Lula criticou hoje o que chamou de "modelo de austeridade".
O que aconteceu
Lula disse que austeridade torna os países pobres mais pobres. Durante sua fala na abertura do encontro anual do banco do Brics, no Rio, o presidente defendeu um novo modelo de financiamento, principalmente para países em desenvolvimento.
Vocês podem e devem mostrar ao mundo que é possível criar um novo modelo de financiamento. O modelo da austeridade não deu certo em nenhum país do mundo. A chamada austeridade exigida pelas instituições financeiras levou os países a ficar mais pobres. Porque, toda vez que se fala em austeridade, o pobre fica mais pobre e o rico fica mais rico.
Lula
Governo e Congresso travam disputa sobre o IOF. A gestão Lula havia elevado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) alegando precisar de recursos para fechar as contas. O Congresso, porém, derrubou a alta justificando que o governo precisa reduzir gastos, e não subir impostos. Hoje, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, suspendeu todos os decretos sobre o tema e convocou uma reunião de conciliação entre o governo e o Congresso.
Compensação a países pobres não chegou
Lula disse também que a promessa feita na COP15 em Copenhagen, em 2009, não foi cumprida. Os países ricos deveriam compensar os países pobres com doação de US$ 100 bilhões por ano para enfrentar a emergência climática.
Já estamos em 2025 e até agora esse dinheiro nunca apareceu.
Lula
"ONU está insignificante"
Lula disse que a ONU se tornou "insignificante". O petista disse que o mundo está carente de lideranças políticas.
O problema nosso não é nem econômico, o problema nosso é político. Há muito tempo eu não via o mundo carente de lideranças políticas como vejo hoje. Há muito tempo eu não via a nossa ONU tão insignificante como ela se apresenta hoje. A ONU, que criou o estado de Israel, não é capaz de criar o estado palestino.
Lula
Dilma critica uso de tarifas como pressão
Presidente do banco do Brics, Dilma Rousseff criticou a imposição de tarifas e sanções econômicas entre os países. O presidente dos EUA, Donald Trump, tem imposto uma série de tarifas a diversos países desde que assumiu no começo do ano.
Testemunhamos um recuo na cooperação e o ressurgimento do unilateralismo. Tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo usadas como ferramentas de subordinação política. As cadeias produtivas globais estão sendo reestruturas, não apenas pela busca de mais eficiência, mas, sim, por interesses geopolíticos.
E o sistema financeiro internacional continua profundamente assimétrico colocando os fardos mais pesados sobre aqueles com menos recursos. Então o cenário exige mais e não menos cooperação.
Dilma
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