Confira as medidas recentes do governo para tentar segurar o dólar
06/04/2011 20h08
SÃO PAULO, 6 de abril (Reuters) - O governo anunciou nesta quarta-feira que as empresas que tomarem empréstimos de menos de dois anos no exterior vão pagar 6% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A medida, que valia para operações com prazo de até um ano, foi estendida para as transações de até dois anos, ampliando o esforço para conter a valorização do real, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Confira as principais medidas adotadas pelo governo no câmbio nos últimos meses:
- 29 de março
Ministério da Fazenda eleva a 6% o IOF sobre os empréstimos externos com prazo mínimo de até 360 dias. Após a medida, porém, o dólar acelerou a queda e passou a operar em torno de R$ 1,60, e não mais R$ 1,65.
- 28 de março
Medida publicada no Diário Oficial aumenta a alíquota cobrada sobre as compras de bens e serviços com cartões de crédito no exterior, de 2,38% para 6,38%
- 25 de janeiro
Banco Central regulamenta compra de dólares a termo. A partir de então, intervenção se torna menos previsível, com o governo alternando compras à vista, a termo e no futuro.
- 14 de janeiro
Banco Central volta a intervir no mercado futuro de câmbio com a venda de um derivativo chamado "swap cambial reverso". Esse tipo de operação havia caído em desuso após o auge da crise global em 2008.
- 6 de janeiro
O Banco Central anuncia a imposição de um depósito compulsório sobre as posições cambiais vendidas dos bancos a partir de 4 de abril. O depósito é de 60% sobre a posição que exceder o menor dos seguintes valores: US$ 3 bilhões ou o patrimônio de referência dos bancos.
- 31 de dezembro
Governo reduz impostos sobre investimentos estrangeiros em fundos de private equity e alguns investimentos em ações para tentar aumentar o financiamento de longo prazo no país. A medida reduziu, de 6 para 2%, o IOF para transações cambiais realizadas por investidores estrangeiros em fundos de private equity e para investidores que trouxerem capital ao mercado de ações brasileiro após cancelarem recibos de ações (como ADRs).
- 20 de outubro
Conselho Monetário Nacional (CMN) tapa brechas na cobrança da alíquota maior do IOF sobre o depósito de margens de garantia na bolsa, definindo que a migração interna de recursos em real destinados a constituição de margens de garantia realizada por investidor não residente no país, também ficaraim sujeitas às novas regras.
- 18 de outubro
Governo eleva, de 4% para 6%, a alíquota do IOF sobre investimentos estrangeiros em renda fixa e no mercado de derivativos. Além disso, a taxação sobre as margens de garantia de estrangeiros subiram de 0,38% para 6%.
- 4 de outubro
Governo dobra para 4% a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre investimentos estrangeiros em renda fixa.
- 20 de setembro
BC reduz duração dos leilões de compra de dólares de 10 para 5 minutos.