Arrecadação federal soma R$ 92,628 bi em abril
BRASÍLIA, 22 Mai (Reuters) - A arrecadação do governo federal em impostos e contribuições desacelerou em abril, somando R$ 92,628 bilhões, uma alta de 3,49% sobre igual mês do ano passado, informou a Receita Federal nesta terça-feira (22).
No acumulado de 2012, a arrecadação chega a R$ 351,955 bilhões, alta real de 6,28% sobre o mesmo período de 2011. Em março, o crescimento foi superior a 10% sobre igual período de 2011 e de pouco mais de 7% no acumulado do ano.
Analistas consultados pela Reuters previam que a arrecadação de abril ficaria em R$ 91 bilhões, segundo a mediana de sete projeções.
Em março, a arrecadação havia ficado em R$ 82,894 bilhões. Todos os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A Receita Federal argumentou que o crescimento menor em abril deveu-se a uma queda de 31,50% na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrados de automóveis, para R$ 452 milhões; uma diminuição de 6,10% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para R$ 2,765 bilhões; e queda de 1,65%, para R$ 5,415 bilhões, na Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL).
Por outro lado, o Imposto de Importação cresceu 12,08%, para R$ 2,243 bilhões, e o IPI-Bebidas teve alta de 24%, para R$ 267 milhões.
RECEITA MENOR
Na semana passada, o governo informou que reduziu em 9,988 bilhões de reais a previsão de arrecadação de tributos e impostos para 2012. Esse tombo será compensado por receitas maiores com concessões e dividendos de empresas estatais, entre outros, cujas contas foram elevadas em R$ 13,423 bilhões, para R$ 135,158 bilhões no total.
O governo argumenta que esse ajuste não significará prejuízo para o cumprimento da meta cheia de superávit primário -economia feita pelo setor públicos para pagamento de juros- neste ano, de R$ 139,8 bilhões.
A redução na previsão da arrecadação ocorre num momento de incerteza sobre o crescimento da economia brasileira. Apesar de a previsão oficial do governo ter sido mantida em 4,5%, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff já sabe que a expansão ficará ao redor de 3%.
Num sinal de que o governo começa a focar mais em 2013, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou na segunda-feira que o crescimento de 2013 será maior que o deste ano.
Toda essa preocupação é resultado do agravamento da crise internacional, com a ameaça de a Grécia deixar a zona do euro, aumentando o risco de mais turbulências.
O governo tem buscado minimizar os efeitos e estimular a economia através de redução de impostos e incentivos a investimentos.
(Reportagem de Tiago Pariz)
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