Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Supermercados terão Natal mais fraco comparado a 2011

Vivian Pereira

Da Reuters, em São Paulo

30/10/2012 14h33

Os supermercados brasileiros devem ver as vendas de produtos típicos de Natal crescerem menos em relação a 2011 no período de festas de final de ano, o mais importante para o setor, com forte desaceleração de vendas de itens importados como consequência do dólar valorizado. A associação que representa os supermercadistas no país, Abras, estimou nesta terça-feira (30) que as vendas de produtos natalinos aumentem 14,4% este ano em termos de volume, projeção inferior à traçada para o ano passado, de alta de 15,6%.

Embora a entidade não tenha uma confirmação das vendas realizadas em relação às expectativas, os números tendem a ser "muito próximos" das projeções, segundo o superintendente da Abras, Tiaraju Pires. A estimativa menos otimista reflete uma retração nas vendas de produtos importados que, segundo a entidade, devem subir 7,1% este ano, metade do crescimento esperado para 2011, de 14% no período, em função da valorização do dólar ante o real.

"Esse movimento já era esperado com a disparada do dólar, e é a única preocupação... o restante está dentro da normalidade", disse Pires. Dentre os importados, as vendas de frutas especiais devem aumentar 11,1%, ante alta de 12,9% no ano passado, enquanto os vinhos devem crescer 8,6%, contra salto de 12,2% em 2011.

Já na cesta de produtos típicos o maior volume de vendas deve ser registrado por peixes congelados, com alta de 19,7% no final do ano, seguido por cerveja (+18,9%) e refrigerante (+18,5%). Em contrapartida, os preços desses produtos também devem ter elevação ante 2011, liderados por cerveja, com alta de 15,3%, frango congelado e refrigerantes, com aumentos de 15,2% e 14,3%, respectivamente.

Vendas crescem em setembro

A Abras também informou nesta terça-feira que as vendas dos supermercados brasileiros subiram 4,91% em setembro na comparação com o mesmo mês em 2011, enquanto em relação a agosto houve crescimento de 0,21%.

Nos nove meses até setembro, o setor acumulou alta de 5,5% nas vendas, em linha com a previsão da associação para o fechado de 2012, de crescimento de cerca de 5%. "O resultado vem se mantendo, com o cenário econômico não mostrando mudanças significativas", afirmou Pires, citando taxa de desemprego em baixa e aumento da massa salarial. "A estimativa é manter este patamar e atingir a meta no ano." A entidade apresentou ainda os dados da cesta AbrasMercado, composta por 35 produtos e calculada pela GfK, que em setembro subiu 2,16% sobre o mês anterior, para R$ 329,87.

Na relação anual, o valor da cesta aumentou 7,65%. Os produtos com maiores altas de preço em setembro ante agosto foram batata (+29,78%), cebola (+23,4%) e farinha de mandioca (+12,9%). As maiores quedas foram tomate (-13,38%), extrato de tomate (-1,23%) e carne dianteiro (-1,19%).