Para Cepal, América Latina deve crescer 2,7% em 2014 e Brasil avançar 2,3%
SANTIAGO, 29 Abr (Reuters) - A economia da América Latina e Caribe deve crescer 2,7% em 2014, menos do que estimado anteriormente, em meio a incertezas sobre o cenário externo e a um desempenho mais fraco esperado para o Brasil e o México, projetou nesta terça-feira (29) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
A nova estimativa da Cepal para este ano, entretanto, é ligeiramente melhor que a expansão de 2,5% registrada pela região em 2013.
Para o Brasil, a Cepal projeta um crescimento de 2,3% neste ano, enquanto para o México a expectativa é de expansão de 3%.
Além disso, a agência reduziu a previsão de crescimento para a Argentina a 1% em 2014, após o país adotar "no início do ano diversas medidas de impacto contracionistas para enfrentar os desequilíbrios surgidos nos últimos anos."
Dado o ambiente econômico complexo na Venezuela, a Cepal informou que resultará em contração da atividade do país em 0,5% neste ano.
A Cepal observou que a recuperação dos Estados Unidos terá impacto positivo sobre as economias mais próximas, especialmente do México e da América Central, dada a sua importância como parceiro comercial.
Em contraste, a demanda por produtos básicos, especialmente alimentos e mineração, continuará limitada. E somado à valorização das moedas dos países desenvolvidos, os preços devem cair moderadamente, afetando economias exportadoras, como as dos países sul-americanos.
Em relação ao financiamento para a região, a Cepal informou que a perspectiva é de cenário de menor liquidez global, levando a grandes desafios na política macroeconômica e de financiamento externo para a região.
Sobre a inflação, a entidade informou que não são esperadas alterações marcantes, mas a média regional deve subir devido a mudanças na medição na Argentina, com aumento moderado dos preços de diversos países e altas taxas na Venezuela.
(Reportagem de Antonio de la Jara)
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