Após G20, EUA dizem que corrida para desvalorizar moedas seria grande erro
MUMBAI (Reuters) - Os Estados Unidos vão "reagir duramente" contra países que busquem taxas cambiais mais fracas para ganhar uma vantagem comercial injusta, disse nesta quinta-feira o Secretário do Tesouro, Jack Lew, salientando as preocupações que expressou ao G20 nesta semana.
Falando na Índia, Lew disse que a economia norte-americana virou a página mas que o resto do mundo precisa fazer mais para reviver o crescimento. Ele pediu a Europa a fazer mais uso de políticas fiscais para reforçar estímulos monetários para impulsionar o crescimento.
As declarações de Lew reforçaram uma mensagem que ele passou aos ministros das Finanças do G20 em Istambul na terça-feira, mas não chegou a nomear quaisquer países suspeitos de terem desvalorizado taxas cambiais por competição.
O euro enfraqueceu ante o dólar após o anúncio de 1 trilhão de euros em medidas de estímulos do Banco Central Europeu (BCE), enquanto a China e exportadores de commodities, como a Austrália, também têm visto fraqueza cambial recentemente.
Em entrevista à NDTV Profit, Lew fez uma distinção entre políticas de programas de estímulo, que buscam estimular o crédito e o crescimento, e aqueles que miram a taxa de câmbio para ganhar uma "vantagem comercial desonesta".
"Fomos claros, esse tipo de política injusta é algo que vamos nos opor e à qual reagiremos com muita força", disse Lew ao canal de notícias financeiras.
"Seria um erro muito grande para o mundo entrar numa situação em que ... há um tipo de corrida para desvalorizar (moedas)".
(Por Abhishek Vishnoi)
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