Vale tem prejuízo de R$ 9,538 bi no 1º tri; companhia registra 3º tri consecutivo de perdas
SÃO PAULO, 30 Abr (Reuters) - A mineradora Vale registrou prejuízo líquido de R$ 9,538 bilhões no primeiro trimestre de 2015, terceiro trimestre consecutivo de perdas para a companhia, em meio a uma queda nos preços do minério de ferro, ante lucro de R$ 5,909 bilhões no mesmo período de 2014, informou a empresa nesta quinta-feira (30).
O Ebitda ajustado da companhia, importante indicador da geração de caixa, somou R$ 4,635 bilhões no primeiro trimestre, ante R$ 9,572 bilhões no mesmo período de 2014.
O Ebitda da divisão de ferrosos foi impactado por menores preços de commodities e ajustes de preço, mas o custo caixa e custo de frete foram significativamente reduzidos, disse a companhia, em seu relatório de desempenho.
A empresa disse que realizou 45% das vendas de minério de ferro do primeiro trimestre a preço provisório de US$ 51,4 por tonelada comparado ao índice Iodex médio de US$ 62,4 por tonelada no período.
Em dólares, o prejuízo da Vale foi de 3,118 bilhões, ante lucro de 2,515 bilhões no primeiro trimestre do ano passado. A média de estimativas feitas por dois bancos e uma corretora foi de prejuízo de líquido de US$ 2,346 bilhões.
O preço médio realizado na venda de finos de minério de ferro despencou 51,5 % em um ano, atingindo US$ 46,01 dólares por tonelada no primeiro trimestre de 2015.
Com isso, a receita bruta da mineradora com finos de minério de ferro, sua principal fonte, caiu 47% no primeiro trimestre, na comparação anual, para US$ 2,734 bilhões.
Investimentos e desinvestimentos
Os investimentos da Vale chegaram a US$ 2,210 bilhões entre janeiro e março, queda de diminuição de US$ 377 milhões ante o mesmo período de 2014.
Já os desinvestimentos e parcerias representaram US$ 1,017 bilhão em recebimentos de caixa no primeiro trimestre. Deste total, US$ 900 milhões foram resultado da venda de 25% adicionais do fluxo de ouro produzido em Salobo (PA) como subproduto de cobre.
Dívida
A dívida bruta da companhia caiu para US$ 28,487 bilhões em 31 de março de 2015, redução de 320 milhões ante o fim de 2014 com a ajuda dos desembolsos com desinvestimentos.
A dívida líquida alcançou US$ 24,802 bilhões, com posição de caixa de 3,685 bilhões, antes da distribuição de US$ 1 bilhão em dividendos agendados para 30 de abril de
2015.
"Permanecemos confiantes que estaremos aptos a manter níveis estáveis de endividamento absoluto conforme executamos com sucesso nosso programa de desinvestimento e aumentamos a disciplina na aplicação de capital", disse a Vale, no comunicado.
(Por Gustavo Bonato)
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