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Petrobras diz a analistas que não descarta ajuda do governo

Agência Brasil
Imagem: Agência Brasil

15/01/2016 13h15

SÃO PAULO (Reuters) - Com um elevado endividamento e a queda dos preços do petróleo, a Petrobras não descarta ajuda do governo federal, mas isso não está em discussão neste momento e seria a última opção, afirmaram executivos da empresa em encontro com analistas nesta sexta-feira (15), segundo relato do Itaú BBA em nota a clientes obtida pela agência de notícias Reuters.

Ainda de acordo com a nota do Itaú BBA a clientes, a petroleira vê a posição mínima de caixa de US$ 15 bilhões sendo alcançada em meados de 2017 apenas considerando o pior cenário --anteriormente, a empresa informara que previa encerrar 2015 com caixa de cerca de US$ 22 bilhões.

Plano de negócios

A Petrobras realizou encontro com analistas do "sell side" na manhã desta sexta-feira para discutir os ajustes no plano de negócios 2015-2019, anunciado no início da semana, no qual reduziu os investimentos em 24,5% ante o valor original.

Nesta sexta-feira, a estatal também sinalizou que mais cortes nos investimentos (capex) podem ocorrer no futuro, especialmente em razão do efeito dos preços do petróleo na indústria de serviços e equipamentos, conforme relato dos analistas do Itaú BBA.

O petróleo está sendo negociado em mínimas de mais de dez anos, abaixo de US$ 30 o barril.

De acordo com a nota do Itaú BBA, a companhia sinalizou ainda que está totalmente focada no plano de desinvestimentos, com dez grupos de ativos para venda que valem mais de US$ 15 bilhões.

Venda da Braskem

Sobre a venda da fatia na petroquímica Braskem, a Petrobras disse que analisa todas as possibilidades.

Em relação a dividendos, o analista Diego Mendes e equipe citaram que a empresa apenas mencionou que estão trabalhando para aumentar os retornos aos acionistas, mas que o pagamento de dividendos depende dos lucros da companhia.

Ainda conforme a nota a clientes dos analistas do Itaú BBA sobre o encontro, a empresa vê como maior risco a ação coletiva contra a companhia nos Estados Unidos, na esteira do escândalo de corrupção no Brasil, mas não forneceu qualquer sinal sobre como o processo irá se desenvolver ou valores.

(Por Paula Arend Laier)