BC britânico corta previsão de crescimento e deixa juros inalterados
LONDRES (Reuters) - O banco central britânico cortou suas projeções de crescimento econômico nesta quinta-feira (4) devido à perspectiva global pior, e a única autoridade que vinha defendendo um aumento dos juros nos últimos meses abandonou inesperadamente sua posição.
O Banco da Inglaterra disse que as quedas acentuadas dos preços do petróleo e das ações, e os riscos significativos nas economias emergentes, pesaram sobre a perspectiva internacional, embora a resiliente demanda doméstica deva garantir que o crescimento britânico continue próximo da sua média de longo prazo.
"O crescimento global recuou mais nos últimos três meses, com as economias emergentes continuando a desacelerar e a economia dos Estados Unidos crescendo menos do que o esperado", disse o banco em sua projeção trimestral.
O banco central disse que seu Comitê de Política Monetária votou nesta semana por 9 a 0 pela manutenção da taxa de juros na mínima recorde de 0,5%, patamar em que está há quase sete anos.
O membro do Comitê Ian McCafferty, que votava pelo aumento dos juros desde agosto, mudou inesperadamente seu voto.
O banco central disse que ainda é mais provável que a taxa de juros suba gradualmente ao longo do próximos três meses do que não suba. Mas parece que não há pressa para seguir o Federal Reserve, banco central dos EUA, que elevou sua taxa de juros em dezembro, pouco antes da última turbulência do mercado.
O Banco da Inglaterra passou a projetar que a economia britânica vai crescer 2,2% este ano e 2,3% em 2017, abaixo das projeções anteriores de novembro de 2,5% e 2,6% respectivamente, e praticamente inalteradas ante 2015, quando o crescimento ficou abaixo das expectativas.
Está previsto também que a inflação aos consumidores fique abaixo de 1% em 2016 - mais tempo do que anteriormente previsto - mas então deve subir para mais de 2% no período de 2 anos, semelhante às últimas projeções.
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