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Ministro do Desenvolvimento defende aumento do limite a estrangeiros em aéreas

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Lisandra Paraguassu e Alonso Soto

16/02/2016 15h12

BRASÍLIA, 16 Fev (Reuters) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, defendeu nesta terça-feira (16) o aumento da participação de capital estrangeiro nas empresas áreas brasileiras e confirmou, em entrevista à agência de notícias Reuters, que a questão está sendo estudada pelo governo.

"Minha opinião é sempre de maior abertura. O mundo está cada vez mais integrado e eu tenho naturalmente uma posição mais aberta de que a gente possa ter possibilidade de promover associações para fortalecer o sistema", afirmou.

O ministro confirmou que esta é uma discussão que se está fazendo, apesar de reforçar que não é um tema relacionado diretamente à sua área. "Tenho percebido que há propostas que estão em curso dentro do governo", disse.

Para manter controle sobre suas operações, as companhias aéreas nacionais têm atualmente limite de 20% de participação de capital estrangeiro. Outros países têm restrições semelhantes --nos Estados Unidos o limite é de 25%.

Projetos

No Brasil, projetos para liberar essa fatia para até 100% tramitam no Congresso.

A medida poderia beneficiar empresas como a Gol, que tem a norte-americana Delta Airlines entre seus acionistas, com 9,48% do capital, em meio à situação financeira delicada do setor, que vem registrando sucessivos prejuízos com o aumento de custos e a recessão econômica.

No ano passado até setembro, as companhias aéreas acumularam prejuízo líquido de R$ 3,7 bilhões, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, citando dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Trabalhadores do setor são contra a medida. Na visão do Sindicato Nacional dos Aeronautas, as consequências vão de concorrência predatória e monopolização do setor a sucateamento de aeronaves e impacto forte nos empregos locais.

(Edição de Maria Pia Palermo e Priscila Jordão) 

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