Governo pode reduzir participação do BNDES em futuras concessões
BRASÍLIA, 17 Mai (Reuters) - O governo federal vai rever a engenharia financeira dos futuros leilões de infraestrutura para a iniciativa privada e pode, inclusive, reduzir a participação do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) no financiamento dos projetos, disse nesta terça-feira (17) o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco.
Segundo ele, no entanto, projetos cujos editais de concessão já foram lançados terão as condições financeiras mantidas.
"Vamos ter de repensar esse modelo. Precisamos criar condições para que os agentes financeiros privados entrem nesse processo, para fazer o financiamento de longo prazo", disse Moreira Franco, em entrevista coletiva.
Questionado se essa revisão pode implicar redução da participação do BNDES nos financiamentos, Moreira Franco respondeu afirmativamente. "Vamos ter de reestudar toda a engenharia financeira e de financiamento", disse.
As regras do plano de logística do governo Dilma Rousseff previa financiamentos do BNDES de 40% do dos investimentos em modais mais atrativos, como aeroportos, a 80%, nos de maior risco, como ferrovias e hidrovias.
Moreira Franco disse que vai se reunir com bancos privados para discutir a revisão das modelagem financeira dos projetos. Ele e o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, disseram que os projetos de concessão já lançados e que estiverem em condições legais serão mantidos.
Quintella citou nominalmente os leilões dos terminais de passageiros dos portos de Salvador (BA) e Recife (PE) como duas concessões já previstas que estão mantidas.
"A intenção do governo não é paralisar, é dar celeridade. Não tem nada cancelado", disse Quintella.
(Por Leonardo Goy; edição de Aluísio Alves)
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