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Dívida pública federal cai 3,01% e soma R$ 2,8 trilhões em abril

27/05/2016 10h47

BRASÍLIA, 27 Mai (Reuters) - A dívida pública federal total recuou 3,01% em abril sobre março, a R$ 2,8 trilhões, a primeira queda no estoque da dívida desde janeiro diante do elevado vencimentos de títulos públicos.

Com isso, a dívida pública mobiliária interna, contraída por meio da emissão de títulos públicos, teve baixa de 3,03% na mesma base de comparação, e foi a R$ 2,67 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira (27). 

No mês passado, as emissões de títulos públicos somaram R$ 52,7 bilhões, enquanto os resgates totalizaram R$ 161,3 bilhões. A apropriação de juros ficou positiva em R$ 24,67 bilhões.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, afirmou que a redução dos estoques já era "amplamente esperada" em função do vencimento elevado de LTNs (Letras do Tesouro Nacional) em 1º de abril.

Ainda segundo o Tesouro, a dívida externa recuou 2,70% na mesma base de comparação, a R$ 129,60 bilhões, afetada pela queda de 4,34% do dólar sobre o real.

Para o ano, o Tesouro fixou intervalo de R$ 3,1 trilhões a R$ 3,3 trilhões para a dívida pública total, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF).

Composição da dívida

Em abril, os títulos corrigidos pela taxa básica de juros (Selic) passaram a responder por 26,16% do total da dívida, acima dos 24,92% de março.

O Tesouro estima que essa representatividade encerrará o ano entre 30% a 34%. No mercado, os papéis pós-fixados são mais procurados em momentos de percepção de aumento de risco pelos investidores.

Encerrado o quarto mês do ano, os títulos corrigidos pela inflação responderam pelo maior peso na dívida, tomando o lugar dos prefixados: 34,55% do total, sobre 33,08% no mês anterior

Os papéis pré-fixados, por sua vez, representaram 34,48% do total, abaixo dos 37,17% de março.

O Tesouro estabeleceu como meta para 2016 um intervalo de 31% a 35% para os títulos pré-fixados e de 29% a 33% para os papéis atrelados à inflação.

Em abril, a participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna subiu a 17,39%, ante 16,73% em março.

(Por Marcela Ayres; Edição de Patrícia Duarte)

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