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Expansão do PIB dos EUA no 1º trimestre é revisada para 1,1%

Lucia Mutikani

28/06/2016 10h53

WASHINGTON, 28 Jun (Reuters) - O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou no primeiro trimestre, mas não com tanta força como estimado anteriormente, com ganhos nas exportações e investimentos em software compensando parcialmente a fraqueza nos gastos do consumidor.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu à taxa anual de 1,1%, contra 0,8% divulgado no mês passado, divulgou o Departamento do Comércio nesta terça-feira (28) em sua terceira estimativa do PIB.

Com isso, o crescimento do PIB do primeiro trimestre foi revisado para cima em 0,6 ponto percentual desde a estimativa de abril. A economia cresceu a uma taxa de 1,4% no quarto trimestre. Economistas consultados pela Reuters esperavam revisão para expansão de 1%.

Há sinais de que a economia retomou força no segundo trimestre, com as vendas no varejo e de moradias aumentando tanto em abril como em maio, apesar de os gastos empresariais continuarem fracos e o crescimento do emprego ter diminuído.

A chair do Federal Reserve, banco central norte-americano, Janet Yellen, disse a parlamentares na semana passada que os dados apontam para "uma notável aceleração" no crescimento do PIB no segundo trimestre. O Federal Reserve de Atlanta estima atualmente alta do PIB no segundo timestre a uma taxa de 2,6%.

Quando medida pelo lado da renda, a economia cresceu a uma taxa de 2,9% no primeiro trimestre e não no ritmo de 2,2% divulgado anteriormente, refletindo uma revisão para cima nos lucros corporativos.

O crescimento econômico no primeiro trimestre foi contido pelo dólar forte e pela demanda global fraca, o que afetou as exportações. A produção também foi prejudicada pelos esforços das empresas para reduzir os estoques, pressionada também pelos preços mais baixos do petróleo, o que provocou fortes cortes de gastos em equipamentos.

No primeiro trimestre, os gastos da empresas em software, pesquisa e desenvolvimento foram revisados para uma alta de 4,4% em vez de queda de 0,1%. Os gastos das empresas em equipamentos caíram a uma taxa de 8,7% contra 9% divulgado no mês passado.

O crescimento das exportações foi revisado para uma taxa de 0,3% em vez da contração de 2% informada antes. Com as importações fracas, isso resultou em um déficit comercial menor, que acrescentou 0,12 ponto percentual à expansão do PIB.

O aumento nos gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foi revisada para 1,5% de 1,9%. A revisão para baixo refletiu gastos fracos em serviços como transportes e recreação.