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Governadores do Nordeste podem declarar calamidade financeira em dez dias, diz governador do MT

César Raizer

De Brasília

13/09/2016 17h43

Governadores de Estados do Nordeste podem declarar calamidade financeira em até dez dias, disse nesta terça-feira (13) o governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), antes de uma reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao lado de outros chefes de executivos estaduais, entre eles ao menos dois nordestinos.

Único governador a falar com os jornalistas na chegada para o encontro, Taques disse que a reunião servirá para os chefes dos Executivos estaduais mais uma vez buscarem recursos junto ao governo federal, especialmente os entes federados contemplados pelo Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX).
"Mais uma vinda para buscar recursos, que a União possa trazer uma solução para os Estados que têm FEX, que é o fundo de exportação", disse Taques aos jornalistas.

"E também alguns Estados do Nordeste têm avisado que vão decretar estado de calamidade, como o Rio de Janeiro, se não houver uma solução em 10 dias", acrescentou.

Rio de Janeiro

Em junho, o Estado do Rio de Janeiro declarou calamidade pública em suas finanças e pediu recursos ao governo federal para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano. Em resposta, o governo do então presidente interino Michel Temer editou uma medida provisória liberando R$ 2,9 bilhões para a segurança dos eventos esportivos.

A Olimpíada foi realizada em agosto, enquanto os Jogos Paralímpicos tiveram início no último dia 7 e se encerrarão no próximo domingo na capital fluminense.

A declaração de calamidade nas finanças abre caminho para que os Estados tenham mais liberdade ao remanejar recursos e também facilita o recebimento de dinheiro da União para esses entes federados.

Entre os governadores reunidos com Meirelles, além de Taques, estão o do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB); da Bahia, Rui Costa (PT), do Piauí, Wellington Dias (PT); do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Amazonas, José Melo (Pros).

(Edição de Eduardo Simões)