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Mercado vê rombo primário estourar meta do governo em 2017, mostra Prisma Fiscal

Luiz Gerbelli

15/09/2016 11h18

O mercado passou a ver um rombo primário de R$ 140,157 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) no próximo ano, pior que o estimado anteriormente, e estourando a meta estabelecida para as contas públicas no ano que vem, de deficit de R$ 139 bilhões.

Os dados constam em relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (15). No levantamento anterior, a projeção era de deficit primário de R$ 138,578 bilhões para 2017, de acordo com a mediana das estimativas.

Para este ano, a previsão de deficit primário foi a R$ 160,378 bilhões, também pior que o rombo de R$ 158,860 bilhões calculado na edição anterior do Prisma. A meta do governo em 2016 é de um saldo negativo em R$ 170,5 bilhões.

Projeção de dívida é a mesma

O mercado enxerga que a dívida bruta irá encerrar este ano a 73,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016, mesma previsão vista antes. Para o próximo ano, a expectativa passou a ser de uma dívida bruta a 78,4% do PIB, contra 78,2% antes.

Diante do cenário de franca deterioração do indicador, o governo tem apontado a necessidade de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior para garantir o reequilíbrio das contas públicas.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a proposta é prioridade do governo, e que a duração do teto deve ser suficientemente longa para não apenas estabilizar a dívida pública, mas fazê-la cair.

(Edição de Flavia Bohone)

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