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Marfrig e JBS iniciam exportações de carne bovina in natura do Brasil para EUA

Paulo Whitaker/Reuters
Imagem: Paulo Whitaker/Reuters

Gustavo Bonato e Alberto Alerigi Jr.

19/09/2016 17h48

A empresa de alimentos Marfrig fez seu primeiro embarque de carne bovina in natura para os Estados Unidos, em uma das primeiras exportações do produto após a recente abertura do mercado norte-americano, informou a companhia.

O anúncio foi seguido pela rival de maior porte JBS, que divulgou nesta segunda-feira (19) que um contêiner de carne bovina in natura saiu de fábrica em Campo Grande (MS) para o porto de Itapoá (SC). A expectativa da companhia é que o produto seja embarcado para os EUA no próximo final de semana.

Na semana passada, o frigorífico Minerva anunciou que obteve permissão para exportar carne bovina in natura para os EUA a partir de duas de fábricas no Brasil. 

O produto da Marfrig embarcado tem carne produzida em 14 e 15 de setembro no frigorífico de Bataguassu (MS). A empresa tem outras cinco unidades de produção já listadas para os EUA.

Na JBS, quatro fábricas - Naviraí (MS), Campo Grande II (MS), Andradina (SP) e Lins (SP) - estão habilitadas para exportar carne in natura para o mercado norte-americano, afirmou a companhia.

Negociado há anos, o acordo para comércio de carne in natura entre Estados Unidos foi finalizado em agosto. O Brasil é o maior exportador global de carne bovina. 

As ações da Marfrig encerraram em alta de 3,14% nesta segunda-feira, enquanto os papéis da JBS fecharam estáveis. Minerva avançou 1,3%.

O mercado dos EUA, maior consumidor global de carne bovina, pode representar exportações de 900 milhões de dólares para o Brasil, segundo estimativa do governo brasileiro, que também aponta benefícios indiretos do acordo, como a posterior a abertura de outros mercados como Japão e Coreia do Sul, importadores de carne de alta qualidade.

"Com a abertura do mercado americano, a indústria brasileira terá uma excelente oportunidade para ocupar parte significativa da quota, sem taxação, de 64 mil toneladas destinadas ao Brasil e outros países da América Latina, uma vez que esse volume nunca foi totalmente atingido", destacou a Marfrig, na nota.

O Brasil já vende carne industrializada para os EUA (maior importador do produto brasileiro), mas não cortes in natura.

(Edição de Aluísio Alves)