Dívida pública federal cai 0,07% em julho, diz Tesouro
A dívida pública federal registrou leve queda de 0,07% em julho sobre junho, interrompendo dois meses de alta e somando R$ 2,957 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (26).
Os dados deveriam ter sido divulgados pelo Tesouro no mês passado, mas não foram em função de greve de servidores. Os dados de agosto, cuja divulgação estava inicialmente programada para este mês, ainda não têm data de publicação.
No Plano Anual de Financiamento (PAF), o Tesouro estabeleceu um intervalo de R$ 3,1 trilhões a R$ 3,3 trilhões para a dívida pública total em 2016.
O resultado de julho foi afetado, de um lado, pela queda da dívida pública mobiliária federal interna de 0,2% sobre junho, a R$ 2,832 trilhões, diante de resgate líquido de R$ 33,48 bilhões, compensado parcialmente pela apropriação positiva de juros de R$ 27,76 bilhões.
De outro lado, a dívida externa cresceu 2,97% sobre o mês anterior, a R$ 124,36 bilhões, na esteira de uma emissão líquida de R$ 1,9 bilhão no período, além da apropriação positiva de juros de R$ 1,69 bilhão.
O mês de julho foi marcado pela emissão de US$ 1,5 bilhão em bônus de 30 anos, segunda captação externa feita pelo Brasil neste ano e a primeira com o governo sob o comando do presidente Michel Temer.
Composição
Em julho, os títulos prefixados continuaram com maior representatividade na dívida, a 35,23% do total, abaixo dos 36,3% de junho. Para o ano, o Tesouro fixou um intervalo de 31% a 35% para esses papéis.
Já os títulos corrigidos pela inflação passaram a 34,25% do total, contra 33,73% no mês anterior, e meta no PAF de 29% a 33% em 2016.
Por sua vez, os títulos corrigidos pela Selic viram seu peso aumentar a 26,16% do total da dívida, contra 25,75% em junho. O Tesouro estima que o percentual encerrará o ano entre 30% a 34%.
Em julho, a participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna caiu a 16,23%, ante 16,41% em junho.
(Edição de Camila Moreira)
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