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Presidente do Deutsche Bank tenta tranquilizar equipe diante de preocupações do mercado

Luke MacGregor/Reuters
Imagem: Luke MacGregor/Reuters

Jonathan Gould e Andreas Kroener

30/09/2016 12h06

FRANKFURT (Reuters) - O presidente-executivo do Deutsche Bank, John Cryan, procurou nesta sexta-feira (30) tranquilizar sua equipe depois que as ações do maior banco da Alemanha atingiram mínima histórica diante de renovadas preocupações sobre a estabilidade da instituição.

Cryan afirmou que entende que os funcionários do banco estejam desconfortáveis com a ampla especulação na imprensa de que alguns clientes de fundos de hedge tiraram recursos do grupo, mas afirmou que o Deutsche Bank é sólido e tem mais de 20 milhões de clientes.

"Há forças agindo agora no mercado que querem enfraquecer a confiança em nós", disse Cryan em comunicado interno enviado aos funcionários do Deutsche Bank e obtido pela Reuters.

"Nosso trabalho é assegurar que esta percepção distorcida não terá influência mais forte sobre nosso dia-a-dia", acrescentou.

Multa de até US$ 14 bilhões

A causa imediata sobre as especulações em torno do Deutsche Bank é uma multa de até US$ 14 bilhões imposta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre negócios do banco com venda de títulos atrelados a hipotecas.

A incerteza sobre os desdobramentos do caso não é razão para a ação do Deutsche Bank estar sob pressão, considerando os acordos acertados por rivais do banco por valores menores, disse Cryan no comunicado aos funcionários.

Às 8:30 (horário de Brasília), as ações do Deutsche Bank exibiam queda de mais de 4%, enquanto o índice da Bolsa de Frankfurt recuava 1,2%.