Vitória de Trump lança dúvidas sobre planos do Fed de elevar juros
WASHINGTON (Reuters) - A vitória de Donald Trump na eleição presidencial nos Estados Unidos joga dúvidas sobre a percepção dos mercados financeiros globais de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai elevar a taxa de juros em breve e seguir com mais altas graduais ao longo dos próximos anos.
Os mercados financeiros caíam com força após a vitória de Trump, com o dólar e as ações despencando e os bônus soberanos considerados como porto seguros e o ouro avançando, o que reflete temores de uma incerteza global prolongada com as políticas do republicano.
A tendência dos investidores era a favor da democrata Hillary Clinton, que seria considerada mais segura tanto nos assuntos domésticos quanto no palco internacional.
Onda de protecionismo
Trump tem prometido acabar ou renegociar acordos comerciais internacionais, o que pode desencadear uma onda de protecionismo, ameaçando a recuperação econômica global. Os planos econômicos dele preveem fortes cortes de tributos que muitos economistas estimam que impulsionem com força o déficit orçamentário dos EUA.
"Aumentam as chances de que o Fed não aja em dezembro", disse o economista-chefe da Moody's Analytics, Marz Zandi, sobre a vitória de Trump.
A vitória de Trump também lança dúvidas sobre o futuro da presidente do Fed, Janet Yellen. Ele tem acusado o Fed de manter a taxa de juros baixa para ajudar o presidente democrata Barack Obama e indicou que pode substituir Yellen após o final do mantado dela em janeiro de 2018, levando analistas a especular se ela renunciaria mais cedo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.