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BC continua monitorando mercados; reservas são um seguro, diz Ilan

Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

21/11/2016 13h17

RIO DE JANEIRO, 21 Nov (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira (21) que a autoridade monetária continua monitorando o mercado para garantir liquidez e tem um papel no fortalecimento do regime de câmbio flutuante e na retomada da confiança, com o controle da inflação.

Ilan também afirmou que as reservas internacionais do país, de cerca de US$ 373 bilhões, são um seguro para o país e contribuem para reduzir o risco.

"O BC tem monitorado de perto esses desenvolvimentos dos mercados internacionais e atuado tempestivamente para não permitir que os efeitos dos choques externos se transformem numa ameaça para a estabilidade macroeconômica", afirmou ele, em apresentação via vídeo em um evento no Rio de Janeiro.

O BC reduziu nesta segunda-feira sua intervenção no mercado cambial, ao realizar apenas leilão de swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolar os contratos que vencem em 1º de dezembro. Na semana passada, além dos leilões para rolagem, o BC também ofertou novos swaps. 

O dólar BRBY recuava cerca de 1% sobre o real nesta sessão, na casa de R$ 3,35, mas ainda longe dos R$ 3,16 que estava antes da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. No pico do período, chegou a superar R$ 3,50 durante o dia.

Ilan disse ainda que o BC tem um papel bem definido da recomposição da confiança dos agentes econômicos no Brasil, que é o controle da inflação.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente e a ampla expectativa é de que mantenha o passo e reduza a Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano.

Ilan defendeu os ajustes fiscais e as reformas estruturais para alavancar investimentos.

"Precisamos levar em consideração a nova conjuntura internacional e fazer os ajustes necessários para fortalecer nossos fundamentos econômicos", afirmou ele. "A ênfase atual deve ser na aprovação das reformas capazes de restaurar a confiança e em criar as condições para a recuperação econômica, com inflação baixa e estável", acrescentou.

(Reportagem de Caio Saad; Texto de Luiz Gerbelli; Edição de Patrícia Duarte)