Petrobras cumpre política de preços sem influência do governo, diz Parente

SÃO PAULO, 11 Jan (Reuters) - A Petrobras está cumprindo sua nova política de preços de combustíveis, que prevê refletir as cotações internacionais e buscar margens competitivas para a companhia, afirmou nesta quarta-feira (11) o presidente da petroleira, Pedro Parente.
A Petrobras surpreendeu parte do mercado ao elevar apenas o preço do diesel nas refinarias na semana passada, enquanto analistas estimaram que as cotações da gasolina estavam abaixo da paridade de importação, indicando que a empresa não teria cumprido plenamente sua regra.
Mas Parente destacou que existe uma "disparidade muito grande" nas avaliações de analistas sobre os preços praticados pela empresa, e destacou que, ao realizar o reajuste na semana passada, não havia nenhuma necessidade de fazer ajuste no preço da gasolina.
"Existem maneiras diferentes de calcular, e obviamente a gente segue a nossa(...), que traz o resultado direto no nosso caixa. Nós estamos mantendo a nossa política de ter uma margem positiva tanto no preço do diesel quanto no da gasolina", afirmou Parente, em entrevista a jornalistas.
O executivo voltou a destacar que a empresa tem liberdade para praticar seus preços independentemente da vontade do governo federal. No passado, por muitos anos, a companhia manteve preços da gasolina e do diesel abaixo dos valores internacionais para ajudar ao governo a controlar a inflação, amargando grandes prejuízos.
"Temos muito respeito pelo consumidor, que merece muita atenção, mas a Petrobras não tem obrigação legal de observar critérios macroeconômicos [como a inflação] na fixação de seus preços", afirmou.
"Petróleo, diesel e gasolina são commodities, e como qualquer commodity seu preço é fixado fora daqui, é condição de oferta e demanda do mercado global, e a Petrobras só faz refletir essas variações nos seus preços", completou.
(Por Marta Nogueira; edição de Roberto Samora)
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