Primeiro FPSO de Libra deixa estaleiro em Cingapura rumo ao Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - O navio-plataforma FPSO Pioneiro de Libra deixou na terça-feira o estaleiro em Cingapura e iniciou viagem rumo à área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, no Brasil, informou nesta quarta-feira a Petrobras, líder do consórcio que irá explorar a mega reserva de petróleo arrematada sob o regime de partilha da produção.
A companhia reiterou a expectativa de que a plataforma chegue ao Brasil no início de junho e que seu primeiro Teste de Longa Duração (TLD) comece em meados deste ano.
O FPSO, o primeiro a atuar em Libra, pertence a uma joint venture da Odebrecht Óleo e Gás (OOG) e Teekay Offshore Partners (OOGTK).
A embarcação será afretada e operada pela joint venture para o consórcio formado pela Petrobras (operadora, com 40 por cento), a francesa Total (20 por cento), anglo-holandesa Shell (20 por cento) e as chinesas CNPC (10 por cento) e CNOOC (10 por cento).
A expectativa é de que o TLD produza 30 mil barris de petróleo ao dia.
A construção do FPSO começou no final de 2014 no estaleiro Jurong, em Cingapura, e recebeu investimentos de aproximadamente 1 bilhão de dólares.
A entrada em operação da FPSO deve colaborar para equilibrar o fluxo de caixa da OOG, que atualmente negocia com credores e detentores de títulos uma recuperação extrajudicial, informou a Reuters na segunda-feira, com base em duas fontes a par do assunto.
Segundo uma das fontes, a OOG avalia que, com a entrada em operação nos próximos meses de seu navio-plataforma, a empresa terá condições de propor um alongamento dos pagamentos a credores e investidores sem mesmo ter que propor uma redução do valor principal.
(Por Gustavo Bonato e Roberto Samora)
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