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United não vai usar agentes de segurança para retirar passageiros de voos, diz presidente

12/04/2017 12h03

NOVA YORK (Reuters) - A United Airlines não vai mais usar agentes de segurança para retirar passageiros de voos com overbooking, depois da polêmica global causada por um vídeo que mostra um passageiro da empresa sendo arrastado de um de seus aviões em Chicago.

"Não vamos usar um agente de segurança (...) para remover um passageiro pagante que esteja sentado", disse o presidente-executivo da United Continental Holdings, Oscar Muñoz, à rede de televisão ABC News. "Não podemos fazer isso."

Muñoz afirmou que o incidente registrado no domingo foi resultado de uma "falha de sistema" que impediu que funcionários da empresa usassem o "senso comum" na situação e o médico David Dao, o passageiro arrastado do avião antes da decolagem, não tem responsabilidade.

Uma petição online que pede a renúncia de Muñoz do comando da empresa recebeu mais de 45 mil assinaturas até a manhã desta quarta-feira, mas ele afirmou à ABC que não tem planos de deixar a empresa por causa do incidente.

A revolta contra a empresa ressoava ao redor do mundo, com usuários em redes sociais nos EUA, China e Vietnã pedindo boicote contra a terceira maior companhia aérea dos EUA sem tráfego de passageiros.

Até a terça-feira, Dao ainda estava no hospital por conta dos ferimentos que sofreu quando um segurança do aeroporto o arrancou do assento abordo do voo 3411, disse seu advogado.

Grande parte da revolta nas redes sociais foi gerada pelo fato de Dao ser um passageiro pagante que foi retirado à força do avião para liberar lugar para funcionários da própria companhia aérea que queriam viajar no voo que já estava afetado por overbooking.

Na entrevista à ABC, Muñoz pediu profundas desculpas a Dao e sua família, além de para outros passageiros e aos clientes da United.

"Isso nunca poderá e nunca vai se repetir", disse o executivo.