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Acidente paralisa embarques de minério de ferro da CSN em Itaguaí (RJ)

19/04/2017 13h13

SÃO PAULO, 19 Abr (Reuters) - O carregamento de minério de ferro no terminal da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Itaguaí, litoral do Rio de Janeiro, foi interrompido após um acidente no sábado, disseram nesta quarta-feira duas fontes do mercado e a autoridade portuária estadual.

A CSN Mineração é a segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil, atrás da gigante Vale.

"O terminal marítimo da CSN em Itaguaí... está mesmo com atividades de embarque e desembarque paradas. A paralisação é de uma área arrendada e a responsável pelas providências é a CSN", disse a Companhia Docas do Rio de Janeiro, em nota à Reuters.

A CSN confirmou a ocorrência de um acidente no sábado, com dois funcionários feridos sem gravidade que já retornaram ao trabalho, mas não pode informar de imediato a situação operacional do terminal.

As fontes do mercado disseram à Reuters que houve um problema em um equipamento de transporte de minério, dentro do terminal.

A CSN, além das atividades siderúrgicas, produziu 27,9 milhões de toneladas em 2015, segundo o balanço anual mais recente divulgado pela companhia.

O terminal em Itaguaí tem capacidade de exportação superior a 42 milhões de toneladas de minério de ferro anualmente, segundo informações da companhia.

As escalas de navios e dados de rastreamento de embarcações em tempo real do Thomson Reuters Eikon mostram que há um navio da Tata Steel esperando para concluir o carregamento no terminal, com destino o Reino Unido.

Um segundo navio de minério de ferro, da JFE Steel está ancorado na região do porto desde a última quinta-feira, aguardando para carregar rumo ao Japão.

"Isso gera um prejuízo, por conta da não operação", disse o vice-presidente do Sindicato dos Estivadores e Trabalhadores em Estiva de Minérios do Rio de Janeiro, Marcelo da Silva Lima, que tomou conhecimento do acidente e da paralisação no terminal da CSN.

Uma fonte do mercado de frete na Europa disse à Reuters que 4 ou 5 navios da categoria capesize estão sendo reofertados, em busca de outros contratantes, devido à impossibilidade de carregar no terminal da CSN.

A CSN não pode informar de imediato a previsão de retomada das atividades no terminal.

(Por Gustavo Bonato, reportagem adicional de Michael Hogan, em Hamburgo,; Edição Alberto Alerigi Jr.)