Santander Brasil vê espaço para mais queda em provisão para calotes
Por Aluísio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - Há espaço para novas quedas nas provisões de bancos para perdas com inadimplência nos próximos trimestres, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo do Santander Brasil, Sergio Rial.
Falando a jornalistas sobre os resultados do primeiro trimestre, Rial disse que a previsão reflete a percepção de gradual melhora do cenário macroeconômico do país, que diminuiria a pressão sobre a qualidade dá carteira de crédito dos bancos.
Nesse sentido, Rial afirmou que o aumento dos índices de inadimplência do Santander Brasil no primeiro trimestre não deve se refletir em aumento dos índices de atrasos acima de 90 dias. "Isso não vai acontecer", garantiu.
O maior banco estrangeiro no país abriu nesta manhã a temporada de divulgação de balanços de instituições financeiras do país para janeiro a março. No período, o Santander Brasil teve o maior lucro de sua história, refletindo leve retomada do crédito, queda das provisões para calotes e maiores receitas. Isso levou a rentabilidade ao pico em cinco anos, num sinal de que a economia do país pode estar começando a sair da recessão.
O resultado fez a unidade brasileira do banco espanhol responder por 26 por cento do lucro global do Santander no período, a franquia mais importante do grupo espanhol.
Os números levantavam os papéis do banco na B3, com analistas animados com outro trimestre de melhora de desempenho após vários anos de baixo crescimento e enfraquecimento da qualidade dos ativos, ante os rivais Itaú Unibanco e Bradesco.
Às 11h55, a unit do Santander Brasil subia 1,8 por cento, enquanto o Ibovespa avançava 0,2 por cento.
Para Rial, os sinais de retomada já são sentidos pelo banco com mais clareza no varejo, setor cujas receitas com crédito e com tarifas deram forte contribuição às aspirações do banco de seguir elevando a rentabilidade para níveis mais próximos dos exibidos por rivais privados locais até 2018.
O presidente do Santander Brasil estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer perto de 1 por cento neste ano e ao redor de 3,5 por cento em 2018. Ele estimou ainda que no segmento corporativo, a melhora na forma de maior demanda de recursos para investimentos começaria a acontecer a partir do segundo trimestre.
Esse quadro, combinado com a queda da taxa básica de juros para um dígito, deve favorecer linhas de negócios como financiamento imobiliário e as operações de mercados de capitais, disse Rial.
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