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Trump planeja cortar impostos sobre empresas e lucros repatriados, dizem autoridades

26/04/2017 12h15

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgará nesta quarta-feira um plano tributário que propõe uma redução acentuada dos impostos corporativos e forte desconto da taxa sobre lucros corporativos levados de volta aos Estados Unidos, disseram autoridades.

O projeto, que também pede aumento das deduções padrões para indivíduos, é desenvolvido para ser um guia aos legisladores no Congresso, embora deva ficar aquém da reestruturação abrangente discutida há muito tempo pelos republicanos.

O secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, que lidera os esforços da administração Trump para elaborar um pacote tributário que pode ser aprovado no Congresso, descreveu o plano como o "maior corte de impostos" na história dos EUA e disse esperar que ele atraia amplo apoio.

"Há várias maneiras de se fazer isso e o presidente está determinado a fazer uma reforma tributária", disse ele em um fórum em Washington.

Os analistas não esperam que o plano inclua quaisquer propostas para levantar nova receita, potencialmente adicionando bilhões de dólares ao déficit federal.

Embora os republicanos controlem tanto a Câmara quanto o Senado, alguns aspectos das propostas de Trump podem ser difíceis de passar.

O presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, um defensor de longa data de uma grande reestruturação tributária, expressou otimismo sobre o plano.

"Vimos uma prévia do plano. Nós gostamos muito", disse ele a um grupo de lobistas e advogados. "Ele nos coloca na mesma página, estamos de acordo em 80 por cento e sobre os 20 por cento restantes estamos com a mesma disposição", disse Ryan.

O plano de Trump vai cortar a alíquota do imposto sobre a receita pago por corporações para 15 por cento, de mais de 30 por cento, disse Mnuchin.

Trump também irá propor uma taxa de repatriação sobre os lucros internacionais na linha de uma proposta de campanha de taxa de 10 por cento, contra os atuais 35 por cento, afirmou uma autoridade da Casa Branca na terça-feira sob condição de anonimato.

(Por Amanda Becker)