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BCE mantém política ultrafrouxa e aponta recuperação da zona do euro

27/04/2017 11h05

FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) manteve sua postura de política monetária ultrafrouxa nesta quinta-feira conforme a inflação permanece aquém da meta, mas reconheceu explicitamente o vigor da economia da zona euro, agora no melhor ritmo desde a crise financeira mundial.

O BCE manteve o seu viés de mais afrouxamento, deixando a porta aberta para mais cortes de juros ou para um aumento da compra de ativos. Isso está em linha com as expectativas do mercado, mas em desacordo com os pedidos da Alemanha, a potência econômica da zona do euro, de uma redução gradual do estímulo.

"Os dados recebidos desde a nossa reunião de março confirmam que a recuperação cíclica da zona do euro está se tornando cada vez mais sólida e que os riscos diminuíram", disse o presidente do BCE, Mario Draghi, em entrevista.

"Ao mesmo tempo, as pressões inflacionárias continuam fracas e ainda têm que mostrar uma tendência convincente de alta", acrescentou, justificando a continuação das medidas de estímulo.

No entanto, em resposta à pergunta de um repórter, Draghi observou que houve um debate entre os membros do Conselho do BCE sobre a perspectiva de crescimento da zona do euro, com alguns "mais otimistas" do que outros.

Isso, acrescentou, resultou em uma linha a mais em sua declaração introdutória observando que os riscos para as perspectivas de crescimento "se relacionam predominantemente a fatores globais".

A mudança sutil de linguagem será vista por alguns observadores como um prenúncio de uma mudança mais ousada na reunião de junho, incluindo a retirada de uma frase sinalizando viés de mais afrouxamento monetário.

A confiança econômica da zona do euro atingiu a máxima de 10 anos neste mês e o risco político está recuando depois que o centrista Emmanuel Macron venceu o primeiro turno da eleição presidencial na França.

(Por Jeremy Gaunt e Richard Lough)