Grupo farmacêutico latino-americano Biotoscana anuncia IPO na bolsa paulista
Por Aluísio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - O grupo farmacêutico Biotoscana Investments protocolou nesta quarta-feira pedido de registro para realizar uma oferta inicial de recibos de ações (BDRs) na B3.
Com sede em Luxemburgo, a Biotoscana Investments, seu nome oficial, se apresenta como maior grupo integrado latino-americano do setor, com operações no Brasil, Argentina, Colômbia, Bolívia, Chile, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai. O escritório de relações com investidores está sediado em São Paulo.
A companhia, que surgiu em 2011 e resultou da fusão das empresas Biotoscana, United Medical e LKM, produz medicamentos para doenças infecciosas ou raras, oncologia e oncohematologia, tratamentos especiais, imunologia e inflamações.
A empresa é dona de marcas como Ambisome, Sovaldi, Vidaza, Tracleer, Opsumit, Abraxane, Zyvalix, Telavir e Ladevina. A Biotoscana tem um centro farmacológico e de pesquisa clínica na Argentina, onde também há duas unidades de produção.
Segundo o prospecto preliminar da oferta, a empresa teve receita líquida de 794,5 milhões de reais em 2016, alta de 42 por cento sobre o ano anterior. No período, a empresa passou de prejuízo de 12 milhões para lucro de 47 milhões de reais.
A operação envolve a venda de um lote primário (papéis novos) e secundário (ativos detidos por atuais sócios) e será coordenada por JPMorgan, Itaú BBA e BTG Pactual.
Os BDRs vendidos na oferta serão recibos de ações da companhia negociadas no segmento Euro MTF da Bolsa de Valores de Luxemburgo.
Segundo a empresa, os recursos a serem obtidos com a oferta primária serão usados para quitação parcial de empréstimo com o Bancolombia e resgate dos certificados de ações.
O fundo Advent Cartagena, a Biotoscana Secondary Investment, e fundos Essex Woodlands, além dos investidores pessoa física Robert Friedlander e Roberto Luiz Guttman são vendedores na oferta secundária.
O pedido de registro acontece no mesmo dia em que a XP Investimentos também pediu aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de units.
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