Cyrela espera queda de distratos em 2017, mas mercado segue difícil
SÃO PAULO (Reuters) - A companhia de imóveis de alto padrão Cyrela espera queda de cancelamentos de contratos este ano em relação a 2016, apoiada em parte em um volume menor de entregas, e vê o mercado ainda sob dificuldades, disse o co-presidente da companhia, Raphael Horn, nesta sexta-feira.
O executivo comentou ainda que avalia que os preços dos imóveis pararam de recuar. "A impressão é que parou de cair, mas se já está começando a acompanhar a inflação de fato eu não sei. No primeiro trimestre não fizemos nada de diferente (sobre preços) do que fizemos nos últimos anos, que é sermos pragmáticos em relação ao mercado", afirmou o executivo, durante teleconferência com analistas do setor.
A Cyrela divulgou na noite da véspera queda de 61,5 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre, impactada por redução de vendas e nível elevado de cancelamentos de contratos, o chamado "distrato".
As ações da companhia exibiam queda de 0,9 por cento às 12h45, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 1,2 por cento.
Segundo Horn, o mercado de imóveis residenciais de alto padrão teve um fraco início de segundo trimestre.
"Infelizmente abril foi um mês desastroso para o setor. (O trimestre) começou muito mal, com muito feriado, para todo o setor, tirando baixa renda, foi fraco. Esperamos que maio e junho conseguiremos melhorar", disse o executivo.
Analistas também manifestaram preocupações sobre o desempenho da empresa no Rio de Janeiro, mercado cujo governo vive uma grave crise econômica e instabilidade na segurança pública.
Horn, afirmou que a crise do Rio de Janeiro não será resolvida "tão cedo e não é daí que virão nossos lançamentos no curto prazo". Especificamente sobre o bairro de alto padrão da Barra da Tijuca, Horn disse que a situação do mercado é ainda mais fraca que no restante da cidade.
No primeiro trimestre, a Cyrela teve geração de caixa operacional positiva de 158 milhões de reais, revertendo resultado negativo do primeiro trimestre de 2016, quando queimou 13 milhões de reais.
O co-presidente da Cyrela disse que a prioridade da companhia segue em gerar caixa com a venda de estoques prontos de imóveis, e executivos da empresa comentaram que um dos impulsionadores dessa geração será a queda nos custos de construção.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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