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Turbulência em torno de Trump pressiona índice europeu para pior dia em 8 meses

17/05/2017 14h20

MILÃO (Reuters) - Os mercados acionários europeus tiveram sua pior sessão desde setembro nesta quarta-feira, com a turbulência política nos Estados Unidos levando os investidores a buscar ativos seguros após uma alta que levou os índices regionais a novas máximas.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,28 por cento, a 1.538 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 1,2 por cento, a 391 pontos, na maior perda de um dia desde o fim de setembro.

Relatos de que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu em fevereiro ao então diretor do FBI, James Comey, para encerrar uma investigação sobre o ex-assessor de segurança nacional do presidente despertaram especulações de que acusações de obstrução de Justiça podem ser impostas contra Trump.

Isso alimentou a preocupação dos investidores sobre sua capacidade de cumprir os planos agressivos de estímulo e até levantou a perspectiva de que Trump enfrente a ameaça de um impeachment.

"Alguns podem estar se antecipando com os riscos de impeachment, embora o que as últimas manchetes trazem pode significar mais atrasos nas políticas", disse o Citi a clientes em nota.

Os bancos recuaram 1,99 por cento e as ações do setor de construção caíram 2,09, as maiores quedas entre os setores.

Apesar das perdas nesta quarta-feira, os índices europeus permanecem perto das máximas recentes, tendo registrado forte alta já que os investidores buscaram a região devido à recuperação econômica, resultados robustos das empresas e rejeição dos eleitores aos partidos populistas em eleições.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,25 por cento, a 7.503 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,35 por cento, a 12.631 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,63 por cento, a 5.317 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,31 por cento, a 21.283 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,79 por cento, a 10.786 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,50 por cento, a 5.117 pontos.

(Por Danilo Masoni e Helen Reid)