Sinochem não busca mais compra de fatia no Grupo Noble, dizem fontes
HONG KONG/CINGAPURA (Reuters) - A estatal chinesa Sinochem não está mais em busca de um investimento no Grupo Noble devido a preocupações sobre as finanças e as perspectivas de negócio da empresa de negociação de commodities, que tem sofrido prejuízos, disseram à Reuters três fontes com conhecimento do assunto.
Ao manter conversas com a Noble mais cedo neste ano com o objetivo de comprar uma fatia na empresa, a Sinochem pensava no negócio como um meio de sair de sua posição de produtora de petróleo, gás e petroquímicos para se tornar também uma comerciante globalmente ativa no mercado de energia, disseram as fontes.
Mas a Sinochem ficou cautelosa em se associar com a Noble após a trading apresentar um surpreendente prejuízo trimestral neste mês e alertar que poderá não ser lucrativa nos próximos dois anos. A notícia desencadeou uma derrocada nas ações e títulos da Noble, além de cortes de notas de crédito por agências de classificação de risco.
A Noble tem sido afetada nos últimos dois anos por uma forte derrocada nos mercados de commodities, mudanças na administração e acusações de práticas impróprias de contabilidade, o que a companhia nega firmemente.
A Sinochem, que não havia comentado sobre o interesse na fatia da Noble, não respondeu imediatamente um pedido de comentário.
O movimento da Sinochem de desistir de uma proposta pela Noble também decorre de seu foco maior em "prioridades domésticas" e devido ao um maior escrutínio dos investimentos no exterior por empresas estatais chinesas, disse uma das fontes.
A fonte também disse, no entanto, que isso não significa que as conversas da Sinochem com a Noble não possam ser revividas no futuro.
(Por Sumeet Chatterjee e Anshuman Daga; reportagem adicional de Meng Meng em Pequim)
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