Glencore quer expandir negócio de agricultura, diz CEO
Por Barbara Lewis
CHAM, Suíça (Reuters) - A mineradora e trading de commodities Glencore quer expandir seu negócio de agricultura por meio de sua parceria com dois fundos canadenses, disse o presidente-executivo da companhia nesta quarta-feira.
Mas a empresa não tem planos para entrar em nenhuma commodity que já não esteja em seus negócios, acrescentou o CEO da Glencore, Ivan Glasenberg.
Ele fez as declarações um dia após a trading de grãos Bunge dizer que não está em conversas com a Glencore, enquanto a Glencore admitiu que fez uma proposta informal para discutir uma "possível combinação consensual dos negócios".
"A agricultura sempre foi nossa estratégia", disse Glasenberg a acionistas em uma assembleia em Cham, na Suíça, país onde fica a sede da Glencore.
A Glencore, que se tornou uma grande negociadora internacional de grãos após a aquisição da canadense Viterra em 2012, vendeu 50 por cento de seu negócio de agricultura em 2016 para dois fundos de investimento canadenses, o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e o British Columbia Investment Management Corp (bcIMB).
O desinvestimento aconteceu quando a Glencore buscava fortalecer seu balanço após uma derrocada nos preços das commodities em 2015. Desde então, agências de crédito elevaram as notas da empresa e analistas dizem que seu balanço agora é forte.
Glasenberg disse que espera expandir o negócio de agricultura por meio do veículo Glencore Agriculture, criado junto com os fundos canadenses.
"Essa estrutura vai ser usada para continuar a expansão de nosso negócio de agricultura", disse ele. "Esperamos que ela ficará maior no futuro."
Ele disse que em geral a preferência será para ampliar os negócios por meio de aquisições, e não novos projetos, que no setor de mineração podem ser muito custosos.
Glasenberg disse ainda que as conversas com a Bunge podem não dar em nenhum negócio, mas não comentou outros ativos que poderiam interessar se a transação não for fechada.
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