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Wesley Batista faz contraoferta de R$4 bi para acordo de leniência, mas MPF-DF rejeita

24/05/2017 20h22

Por Leonardo Goy

BRASÍLIA (Reuters) - O empresário Wesley Batista e seus advogados apresentaram nesta quarta-feira contraproposta de pagamento de 4 bilhões de reais para acordo de leniência do grupo J&F junto ao Ministério Público Federal do Distrito Federal, que foi recusada pelo órgão.

O MPF-DF propôs pagamento de cerca de 11 bilhões de reais pela J&F para aceitar acordo de leniência. A primeira proposta do grupo controlador do frigorífico JBS e das empresas Eldorado Brasil, Vigor, Alpargatas e Banco Original havia sido de 1 bilhão.

A negociação, que começou às 15h, foi encerrada às 19h40. Apesar de não ter havido um acordo, o MPF-DF afirmou que "houve avanços", mas não deu detalhes. Batista saiu do encontro sem falar com jornalistas.

O MPF-DF afirmou que a discussão com o empresário será retomada, mas ainda não há uma data definida para isso.

Pelas regras do acordo de leniência, o valor a ser cobrado da empresa pode variar de 0,1 por cento a 20 por cento do faturamento anual. O valor final depende de diversos fatores, como o potencial de dano das ações praticadas, o alcance delas e a vantagem obtida.

O valor de 11,169 bilhões pedido pelo MPF, a ser pago em 10 anos, corresponde a 5,8 por cento do faturamento do grupo em 2016, segundo o MPF-DF.

Em 18 de maio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou os acordos de delação premiada de Wesley e seu irmão Joesley Batista, controladores da J&F.