Problemas com carros a diesel nos EUA não alteram metas da Fiat Chrysler, diz CEO
VENEZA, Itália (Reuters) - A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) não espera que os problemas com veículos a diesel nos Estados Unidos tenham impacto nas metas de negócios no curto prazo, disse nesta sexta-feira o presidente-executivo da montadora, Sergio Marchionne.
No mês passado, o Departamento de Justiça dos EUA processou a FCA, acusando a fabricante de ilegalmente usar um software para contornar os controles de emissões em 104 mil veículos movidos a diesel vendidos desde 2014, medida que potencialmente resultará em pesadas multas.
A montadora propôs uma atualização de software para certificação de modelos a diesel e, então, usar o ajuste para atualizar os 104 mil veículos já em circulação.
Perguntado se poderia levar meses para a empresa obter o aval da autoridade norte-americana para atualização de software, conforme sugerido por um advogado do Departamento de Justiça dos EUA nesta semana, Marchionne afirmou "estamos muito mais perto que isso".
"Quando fizemos a proposta, nós estávamos prontos para implementar a atualização imediatamente ... agora depende deles. Ainda estamos em negociações", disse Marchionne a jornalistas, nos bastidores de evento em Veneza.
Parte do plano de negócios traçado para 2018, que é centrado em torno de uma renovação das marcas Jeep, Maserati e Alfa Romeo, inclui eliminar todas as dívidas e acumular pelo menos 4 bilhões de euros (4,5 bilhões de dólares) em caixa até o fim do próximo ano.
Depois de não conseguir a tão aguardada aliança para a Fiat Chrysler, Marchionne tornou a execução do plano de negócios sua ambição principal antes de concluir seu mandato no começo de 2019.
Perguntado se poderia repensar a decisão de deixar o cargo no começo de 2019 dadas as incertezas políticas e de mercado que rondam a empresa, ele afirmou "não". Marchionne acrescentou que o segundo trimestre estava em linha com as expectativas e confirmou as metas para o ano.
(Por Agnieszka Flak)
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