Conab prevê menor moagem de cana no centro-sul, mas maior produção de açúcar
Por José Roberto Gomes
SÃO PAULO (Reuters) - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu nesta quinta-feira sua projeção para a moagem de cana no centro-sul do Brasil, mas, mesmo assim, elevou sua estimativa para a fabricação de açúcar na região, a 36,09 milhões de toneladas, de acordo com seu 2º levantamento referente à temporada divulgado nesta quinta-feira.
No primeiro relatório, de abril, a Conab havia previsto a produção do adoçante no centro-sul em 35,5 milhões de toneladas. O novo número representa crescimento de 1,4 por cento em relação às 35,58 milhões de toneladas registradas no ciclo 2016/17.
"As unidades sucroalcooleiras, particularmente as situadas em São Paulo, listadas entre as maiores do setor, voltam gradativamente a elevar seus investimentos em projetos ligados à melhoria da produtividade, maximização na produção de açúcar...buscando aproveitar o bom momento dos preços no mercado internacional de açúcar", destacou a Conab.
Paralelamente, a Conab reduziu sua projeção para a moagem de cana no centro-sul, de 598,04 milhões de toneladas em abril para 597,13 milhões de toneladas agora, volume também 2,5 por cento menor na comparação anual.
Os canaviais da região foram prejudicados por uma estiagem entre o fim de junho e meados de agosto.
O maior direcionamento de matéria-prima para fabricação de açúcar deve se traduzir em menor produção de etanol. Segundo a Conab, o centro-sul fabricará 24,46 bilhões de litros de álcool em 2017/18, ante 24,76 bilhões de litros na previsão de abril.
NORTE-NORDESTE
Para o norte-nordeste, onde a colheita tem início no próximo mês, a Conab projetou a moagem de cana em 49,20 milhões de toneladas, alta de 10,1 frente às 44,77 milhões de toneladas de 2016/17.
A região deverá produzir 3,29 milhões de toneladas de açúcar (+6,1 por cento) e 1,6 bilhão de litros de etanol (+3 por cento).
Somando-se centro-sul e norte-nordeste, o Brasil deverá na safra 2017/18 moer 646,3 milhões de toneladas (-1,7 por cento), com produção de 39,38 milhões de toneladas de açúcar (+1,8 por cento) e 26,1 bilhões de litros de etanol (-6,1 por cento).
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