AGU vai ao STJ para liberar leilão de usinas da Cemig
BRASÍLIA, 29 Ago (Reuters) - A AGU (Advocacia-Geral da União) apresentou na segunda-feira (29) ao STF (Superior Tribunal de Justiça) pedido de derrubada da liminar que suspendeu a realização do leilão de quatro usinas hidrelétricas da Cemig.
Esse é um dos principais projetos do governo para o pacote de concessões de 2017 a fim de cumprir a nova meta fiscal enviada ao Congresso, que prevê um deficit de R$ 159 bilhões.
A suspensão havia sido determinada pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) após uma ação popular questionar o leilão.
Prejuízo aos cofres
A ação sustenta que o leilão da concessão das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, prevista para 27 de setembro, causaria prejuízo aos cofres públicos.
As concessões dessas usinas já venceram, mas a Cemig avalia que tem direito à renovação de três delas.
A ação argumenta que o valor mínimo a ser pago pelas usinas, R$ 11 bilhões, seria insuficiente para pagar a indenização devida à Cemig. O autor da ação disse que as quatro usinas valem R$ 18 bilhões.
No recurso ao STJ, a AGU contesta esse valor e disse que a indenização efetivamente devida à Cemig, referente a investimentos não amortizados, gira em torno de R$ 1 bilhão.
O órgão também lembra que a Cemig optou por não prorrogar as concessões das usinas nos moldes previstos em uma lei de 2013, preferindo judicializar a questão com a expectativa de que pudesse seguir operando os empreendimentos em bases contratuais antigas.
A AGU disse que os contratos de concessão das quatro usinas estão vencidos e precisam ser licitados novamente. Ela argumenta que a manutenção da liminar do TRF-1 afugenta interessados em participar do leilão, com prejuízos ao governo porque terá de reduzir ainda mais as despesas e os investimentos.
(Por Ricardo Brito, edição de Roberto Samora)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.