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Indústria de fertilizantes do Brasil vê estabilidade nas vendas em 2017

29/08/2017 15h03

SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização de fertilizantes no Brasil deve fechar 2017 em níveis próximos aos de 2016, quando as vendas atingiram recorde de 34,1 milhões de toneladas, disse nesta terça-feira o presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Carlos Heredia.

Para tal avaliação, o dirigente toma por base o desempenho do setor entre janeiro e julho, com retração de 0,2 por cento nas entregas, em meio a vendas mais lentas de grãos neste ano, diante de preços baixos.

Segundo ele, consultorias especializadas estimam que a comercialização em 2017 ficará entre 33,5 milhões e 35 milhões de toneladas.

"Os números que tivemos até agora, de janeiro a julho, mostram que teremos um ano muito parecido com o ano passado. A comercialização mais lenta (de grãos) e a própria perspectiva de preços inferiores inibem o produtor a se abastecer de insumos... até porque a disponibilidade de capital não é ilimitada", destacou Heredia, durante intervalo do 7° Congresso Brasileiro de Fertilizantes, promovido pela entidade, em São Paulo.

"A cultura que ele (produtor) produz é a moeda de troca dele", frisou.

De acordo com Heredia, as compras antecipadas para a segunda safra de milho 2016/17, realizadas ainda no segundo semestre de 2016, e a possibilidade de as aquisições para a "safrinha" 2017/18 ocorrerem no começo do próximo ano, dados os atuais preços baixos do grão, "roubam" um pouco do desempenho do setor de fertilizantes em 2017.

O presidente do conselho da Anda disse ainda que o momento é “desafiador” para o segmento em todo o mundo, pois as cotações desses produtos estão em patamares baixos.

"E essa é uma das razões para a relação de troca (entre adubos e produto agrícola) estar favorável para o produtor. É porque o fertilizante está barato", concluiu Heredia.

(Por José Roberto Gomes)