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Petrobras quer concluir renegociação da cessão onerosa o mais rápido possível, diz CEO

20/09/2017 17h52

NOVA YORK (Reuters) - A Petrobras quer concluir a renegociação do contrato da cessão onerosa com o governo federal o mais rápido possível, afirmou nesta quarta-feira o CEO da petroleira estatal, Pedro Parente, enquanto o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, declarou que a estatal poderia ser credora de mais de 12 bilhões de dólares ao final do processo.

A cessão onerosa refere-se ao contrato da União e Petrobras para a exploração de 5 bilhões de barris de óleo equivalente sem licitação na época da capitalização da companhia, em 2010. Contudo, naquele momento, a petroleira pagou à União o equivalente a 42,5 bilhões de dólares.

O contrato previa também uma renegociação anos depois para atualização de variáveis como câmbio e preços do petróleo, o que poderá resultar em pagamentos para a estatal ao fim do processo.

O governo federal avalia como razoável uma estimativa de 12 bilhões de dólares, feita pelo banco UBS, sobre o total que a Petrobras teria que receber ao final do processo de renegociação com a União, disse o ministro, em entrevista à Bloomberg, nesta quarta-feira.

"Eu acho que vai ser mais do que isso, mas quanto mais eu não sei. Não gosto de colocar números", disse o ministro, referindo-se a uma estimativa do UBS.

Esse valor estimado pelo UBS, no entanto, está distante do que a Petrobras quer receber, segundo o ministro.

Em Nova York, o presidente da Petrobras afirmou que a companhia está aguardando "o governo indicar os seus negociadores" para poder "começar o processo formal de negociação".

"De nossa parte, estamos absolutamente preparados para começar e terminar essa negociação... queremos terminar o mais cedo possível. Quando será isso, não depende só de nós", disse o presidente da Petrobras.

Paralelamente, Parente disse que o oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BR Distribuidora está avançando.

(Por Lisandra Paraguassu)