Senado cria fundo eleitoral e projeto segue para a Câmara dos Deputados
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O Senado aprovou nesta terça-feira projeto que cria um fundo de financiamento eleitoral com recursos públicos, que segue agora para a Câmara dos Deputados.
Segundo o texto aprovado em votação simbólica, o fundo será abastecido com 30 por cento de emendas parlamentares de bancada e com recursos equivalentes à compensação financeira que seria destinada a emissoras de rádio e televisão pela propaganda partidária gratuita. O horário gratuito em período eleitoral, porém, fica mantido.
A Câmara discutia, há semanas, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que previa a criação do fundo. Mas diante da impossibilidade dos deputados de conseguir um acordo para votar a medida, o Senado tomou a frente da discussão, criou uma comissão sobre o assunto e divulgou um texto para votação na última quarta-feira.
A iniciativa causou mal-estar com a outra Casa do Congresso, que chegou a aventar a possibilidade de também votar um projeto de lei criando o fundo. Na quarta à noite, com o texto prestes a ser votado em plenário, senadores decidiram adiar a votação do projeto para esta semana.
O relator da proposta no Senado, Armando Monteiro (PTB-PE), havia apresentado um texto, na última semana, que previa a utilização de 50 por cento dos recursos previstos para emendas de bancada.
Abordava, também outras questões além do fundo. Previa, por exemplo, a chamada habilitação prévia, instrumento a ser requerido por aqueles que quisessem se candidatar entre 1º de fevereiro e 15 de março, com a ressalva que alterações “fáticas” ou “jurídicas” poderiam levar à reavaliação das condições da candidatura.
Mais cedo, nesta terça-feira, após reunião com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Monteiro adiantou que havia “enxugado” seu texto e reduzido a parcela das emendas a ser destinada ao fundo, que terá recursos entre 1,5 e 1,7 bilhão de reais. Tanto Monteiro quanto o presidente do Senado aliás, deixaram a reunião com Maia afirmando estarem perto de um acordo, que ainda não havia sido alcançado.
“Nós nos cingimos agora exclusivamente à questão do fundo”, explicou o relator.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.