Febraban prevê queda gradual dos spreads no crédito
SÃO PAULO (Reuters) - A diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que eles cobram de clientes na concessão de crédito, o spread, tende a cair nos próximos anos, previu nesta terça-feira o presidente da Febraban, entidade que representa os bancos, Murilo Portugal.
Segundo ele, o conjunto de medidas do governo federal para diminuir a sobrecarga de custos sobre o setor financeiro e a expectativa de manutenção da taxa básica em mínimas históricas por um período prolongado devem ajudar a estender esse movimento, que já está em curso desde que o Banco Central começou a reduzir a Selic, hoje em 8,25 por cento ao ano.
"Vemos com satisfação que o governo vem conseguindo aprovar medidas que defendemos", disse Portugal a jornalistas.Entre as iniciativas nesse sentido estão a Taxa de Longo Prazo (TLP), referência para empréstimos do BNDES a partir de 2018, mais em linha com as práticas do mercado.
"Com menor volume de crédito subsidiado aumenta a eficácia da política monetária do BC", disse Portugal, durante a apresentação de estudo da entidade sobre spread bancário no país.
O levantamento lista uma série de fatores, incluindo elevada carga tributária, exigências regulatórias e operacionais que o setor considera exageradas e acabam ajudando a encarecer o preço do crédito.
Segundo Portugal, o estudo será apresentado a esferas do governo e ao legislativo com a expectativa de amplificar uma agenda de reformas que ajudem a baratear o crédito.
O estudo tenta rebater o senso comum de que o spread é elevado no Brasil entre outros fatores porque o sistema é concentrado em apenas cinco bancos.
"Concentração não significa necessariamente baixa competição; somos 100 por cento a favor de aumentar a concorrência", disse.
(Por Aluisio Alves)
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