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Brasil crescerá menos do que os países da América Latina em 2017 e 2018, diz FMI

Luiz Guilherme Gerbelli

10/10/2017 10h02

SÃO PAULO, 10 Out (Reuters) - A economia brasileira vai crescer mais do que o esperado em 2017 e em 2018, mas ainda assim vai ficar bem aquém da média dos países da América Latina e do Caribe, segundo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgado nesta terça-feira (10).

O FMI projetou que o PIB (Produto Interno Bruto) do país este ano deve avançar 0,7%, bem menos do que o 1,2% esperado para a América Latina toda, segundo o documento "Perspectiva Econômica Global". Para 2018, a estimativa é de que o Brasil tenha expansão de 1,5% e a região, de 1,9%.

Na comparação com as contas feitas em julho, o FMI aumentou a expectativa para o PIB brasileiro em 0,4 e 0,2 ponto percentual para 2017 e 2018, respectivamente. Neste ano, a melhora veio pelo bom desempenho da safra agrícola recorde e pela melhora do consumo. 

Quando comparado com os dados divulgados em abril, a projeção de agora do FMI para a expansão do PIB em 2017 foi 0,5 ponto percentual maior e, para 2018, 0,2 ponto menor.

"A gradual restauração da confiança, assim que as principais reformas que garantem a sustentabilidade fiscal forem implementadas ao longo do tempo, vão elevar o crescimento econômico a 2 por cento a médio prazo", informou o FMI em relatório.

A previsão do FMI para o desempenho do PIB neste ano está bastante próxima da leitura feita por bancos e consultorias, mas a expectativa para o ano que vem é mais pessimista. No relatório Focus do Banco Central, que ouve uma centena de analistas todas as semanas, a projeção é de crescimento de 0,7% para este ano e de 2,43% em 2018.

Na comparação com o desempenho dos países emergentes, o resultado do Brasil será ainda mais pífio. O FMI projeta crescimento de 4,6% em 2017 para esse grupo e de 4,9% em 2018.

Já a economia global como um todo, ainda segundo as contas do FMI, deve crescer 3,6% e 3,7% em 2017 e 2018, respectivamente. Em ambos os casos, as contas vieram agora 0,1 ponto percentual maiores do que o levantamento de julho passado.

(Edição de Patrícia Duarte)

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