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Crise de japonesa Koke Steel se agrava com nova revelação de adulteração de dados

11/10/2017 16h24

TÓQUIO (Reuters) - A japonesa Kobe Steel mergulhou ainda mais em uma crise nesta quarta-feira, à medida que novas revelações mostraram que a fabricação de dados na siderúrgica estava mais difundida do que se pensava inicialmente, aumentando preocupações ao longo da cadeia global de fornecimento.

Investidores, preocupados com o impacto financeiro e as possíveis consequências legais, derrubaram as ações da empresa, eliminando cerca de 1,6 bilhão em seu valor de mercado em dois dias.

A Kobe Steel disse nesta quarta-feira que encontrou 70 casos de dados adulterados sobre materiais utilizados em discos ópticos e monitores de cristal líquido em sua unidade de pesquisa Kobelco Research Institute, que fabrica e testa produtos para a empresa.

Uma investigação interna, que detectou problemas em seu negócio de alumínio e cobre, não encontrou outros casos de violação de dados, disse Yoshihiko Katsukawa, diretor executivo da Kobe Steel, em entrevista coletiva.

As novas revelações vieram depois que a Kobe Steel admitiu no último final de semana que falsificou dados sobre a qualidade dos produtos de alumínio e cobre utilizados em carros, aeronaves, foguetes espaciais e equipamentos de defesa - um novo golpe para a reputação dos fabricantes japoneses para a produtos de qualidade.

A Kobe Steel enfrenta custos potenciais de qualquer retirada de produtos, substituições e possíveis processos judiciais, incluindo ações coletivas nos Estados Unidos, disse em um relatório Yuji Matsumoto, analista da Nomura Securities.

A manipulação de dados em sua unidade de alumínio também poderia atingir os planos de expansão, à medida que as montadoras se voltam cada vez mais para materiais mais leves do que o aço, para cumprir regras ambientais mais rígidas.

As vendas na divisão de alumínio e cobre da Kobe Steel caíram 6,4 por cento para 323,3 bilhões de ienes (2,9 bilhões de dólares) no ano até março, e o lucro recorrente caiu mais de um quinto para 12 bilhões de ienes.

(Por Yuka Obayashi e Tomo Uetake)