Desalavancagem da China não terá impacto negativo na economia, diz porta-voz do Partido Comunista
PEQUIM (Reuters) - Os esforços da China para reduzir a dívida e estabilizar o crescimento econômico não devem ser vistos como opostos já que o governo vai assegurar que sua campanha de desalavancagem não tenha um impacto negativo na economia, disse o porta-voz do Partido Comunista, Tuo Zhen, nesta terça-feira.
"No longo prazo, a desalavancagem proativa ajuda a eliminar os riscos que podem afetar o desenvolvimento econômico estável e saudável", disse Tuo.
"A desalavancagem tem mostrado alguns resultados iniciais e não mostrou nenhum impacto adverso na economia."
Tuo falou um dia antes da abertura do Congresso do Partido, que ocorre duas vezes por década, no qual o presidente Xi Jinping vai apresentar suas ambições para o país e consolidar ainda mais seu poder.
O Congresso do Partido Comunista será encerrado no dia 24 de outubro, disse Tuo.
A economia da China se expandiu a uma taxa robusta de 6,9 por cento nos primeiros seis meses do ano, embora haja algumas preocupações de que uma repressão contínua ao crescimento do crédito possa prejudicar o crescimento.
Tuo também disse que a China continuará a se abrir ao mundo como parte das reformas.
"Vamos persistir com nossa política de Estado fundamental de abertura, continuar a ampliar a abertura para o exterior, acelerar a construção de um sistema econômico aberto, expandir ainda mais o acesso ao mercado e promover uma nova rodada de abertura de alta qualidade."
Mas, apesar das promessas repetidas para abrir o mercado interno para empresas estrangeiras, a liberalização do mercado tem sido cada vez mais vista como secundária em relação à abordagem de Xi para a política econômica e seu foco na estabilidade.
(Por Ryan Woo e Judy Hua)
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