Moody's eleva nota de crédito da Petrobras e muda perspectiva para estável
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A agência de classificação de risco Moody's elevou a nota de crédito da Petrobras para "Ba3", ante "B1", e mudou a perspectiva de positiva para estável, segundo comunicado publicado nesta terça-feira (17).
A atualização, segundo a agência, reflete a melhoria da liquidez da Petrobras, a redução do nível de endividamento, a sólida disciplina de gestão e o fortalecimento da governança corporativa.
Apesar da melhora, a nota da Petrobras ainda continua sendo grau especulativo (sem o selo de bom pagador) --o que significa que a companhia potencialmente enfrenta condições mais difíceis para fazer captações de títulos.
No comunicado, a Moody's destacou que a elevação de perfil de crédito da empresa está especificamente relacionada a um perfil de dívida mais confortável, resultado do refinanciamento da dívida e de uma "sólida" geração de caixa.
A agência ressaltou que, até o momento neste ano, a Petrobras captou nos mercados de capitais US$ 19,2 bilhões em títulos, principalmente globais, em recursos que foram utilizados para refinanciar os vencimentos da dívida.
Além disso, a Moody's considerou que o fluxo de caixa da Petrobras se tornou mais previsível como resultado de preços relativamente estáveis do petróleo, uma política clara de preço do combustível doméstico desde o fim de 2016, redução dos custos operacionais e investimentos de capital disciplinados.
Apesar de ponderar que as prometidas vendas de negócios pela estatal caíram de ritmo em 2017, a Moody's destacou que os desinvestimentos são menos relevantes agora para a posição de liquidez da Petrobras do que há 12 meses, devido aos resultados positivos alcançados na dívida e no fluxo de caixa.
No entanto, segundo a agência, as classificações da Petrobras são limitadas por altos níveis de dívida, risco de execução do plano de negócios e, em menor medida, potencial impacto negativo de multas relacionadas à Lava Jato.
Agências falharam na crise de 2008/2009
A classificação das agências de risco é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de calote de países, empresas e negócios.
Porém, as agências foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009. Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.
(Com agências de notícias)
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