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Parques são fechados e vacinação é reforçada após morte de macaco por febre amarela em São Paulo

23/10/2017 18h27

SÃO PAULO (Reuters) - O Horto Florestal e o Parque da Cantareira, no norte da cidade de São Paulo, foram fechados no fim de semana, depois que um macaco foi encontrado morto com febre amarela silvestre, e a vacinação contra a doença está sendo intensificada em algumas áreas da capital, informaram nesta segunda-feira as secretarias estadual e municipal de Saúde de São Paulo.

Ainda não há previsão de reabertura dos parques. Cinco macacos foram encontrados mortos no Horto Florestal, um com a doença confirmada na última sexta-feira e outros dois ainda estão sendo examinados. Os demais não podem ser testados por conta da deterioração avançada.

O governo da capital paulista, em parceria com o Estado, iniciou uma campanha de vacinação com os moradores da região. O objetivo é imunizar cerca de 1 milhão de pessoas, principalmente nos bairros de Tremembé, Casa Verde e Vila Nova Cachoeirinha. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 4.126 pessoas receberam a vacina no sábado e mais dois postos foram abertos para vacinação nesta segunda-feira.

Técnicos da Vigilância Sanitária também estão fazendo uma varredura nos parques para evitar a proliferação dos mosquitos transmissores -"Haemagogus" no ciclo silvestre e "Aedes Aegypti" no meio urbano, disse a Secretaria Estadual de Saúde.

Desde o início do ano foram confirmados 22 casos de pessoas infectadas e 10 mortes por febre amarela silvestre no Estado de São Paulo, segundo a Agência Brasil.

A doença se espalhou pela Região Sudeste em 2017, atingindo principalmente Minas Gerais e o Espírito Santo, onde muitos macacos morreram em decorrência do vírus.

O surto que atingiu o país este ano deixou 777 pessoas doentes e 261 mortas entre dezembro de 2016 e agosto deste ano, segundo dados do governo federal divulgados no começo de setembro, quando o Ministério da Saúde declarou que o país estava livre do surto da doença, mas afirmou que a vacinação deve continuar para prevenir a transmissão.

(Por Taís Haupt)