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Indústria automotiva dos EUA diz a Trump que está "ganhando com o Nafta"

24/10/2017 11h36

WASHINGTON (Reuters) - Grandes montadoras, fornecedores e revendedores de automóveis lançaram uma nova coalizão nesta terça-feira para estimular o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a não se retirar do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês).

As associações de comércio de automóveis que representam a General Motors , Toyota Motor <7203.T>, Volkswagen AG , Hyundai Motor <005380.KS>, Ford Motor e quase todas as demais principais montadoras, fazem parte do grupo chamado "Driving American Jobs".

O objetivo é apoiar uma campanha para convencer a Casa Branca e os eleitores de que o acordo tem sido fundamental para impulsionar a produção e o emprego no setor automotivo norte-americano.

Trump ameaçou retirar os EUA do acordo comercial com o Canadá e México, que é amplamente utilizado pelas montadoras que possuem redes de produção e fornecimento espalhadas pelos três países.

O setor une-se à Câmara de Comércio dos EUA e a outros grandes grupos empresariais que se tornaram mais participativos nas últimas semanas ante os esforços da Trump para mudar o acordo de 23 anos.

A coalizão, que inclui a Associação de Fabricantes de Motores e Equipamentos e a Associação Americana de Comerciantes de Automóveis, disse que o encerramento do Nafta, que envolve 1,2 trilhão de dólares anualmente em comércio entre os três países, colocaria em risco os empregos do setor automotivo dos EUA.

"Precisamos que você diga a seus funcionários eleitos que você não muda o jogo no meio de uma recuperação. Estamos ganhando com o Nafta", disse o grupo em seu site.

A campanha ocorre em meio a uma crescente preocupação de que a administração Trump poderia sair do tratado no início de 2018, um movimento que exporia as montadoras a tarifas elevadas para os que estão construindo caminhões no México e impor novas tarifas para peças e carros fabricados em toda a América do Norte.

Trump disse à Fox Business Network em uma entrevista exibida no último domingo que acredita que o acordo "provavelmente" será renegociado, mas que vai retirar o país do acordo se as mudanças não forem justas.

(Por David Shepardson)