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Meirelles diz que medidas para Orçamento podem ser enviadas nesta 2ª-feira ao Congresso, mas dependem de Temer

30/10/2017 09h39

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que as medidas que farão parte do Orçamento do próximo ano ainda estão sendo avaliadas e que elas podem ser enviadas ainda nesta segunda-feira ao Congresso, mas lembrou que dependem de avaliação do presidente Michel Temer, que está hospitalizado em São Paulo.

"Várias medidas destas estão sendo levadas ao presidente, eu próprio vou a São Paulo hoje, daqui a pouco, e aí durante o correr do dia nós estaremos avançando nisso", afirmou ele a jornalistas após entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Questionado sobre o formato dessas medidas, o ministro afirmou que o governo ainda se debruça sobre a possibilidade de encaminhá-las via Medidas Provisórias -- que têm, em sua avaliação, maior eficiência e rapidez -- ou projetos de lei, que têm a preferência dos líderes parlamentares.

Durante a entrevista dada mais cedo, o ministro reforçou ser importante que reforma da Previdência seja feita em 2017 porque o próximo ano é de eleições, o que dificulta a aprovação de medidas deste porte.

Após relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ter negado a existência de déficit previdenciário, o ministro afirmou que não é hora de demagogia ou enganos e que as contas corretas apontam um rombo inequívoco.

"A CPI da Previdência emitiu uma opinião de que não existe déficit, mas ela não comprovou, os números foram calculados de uma forma errada, infelizmente", disse.

Ele reiterou a expectativa de aprovação da reforma neste ano, mas ao ser questionado sobre se o governo insistiria no tema no próximo ano caso não tenha sucesso neste, ele disse que "certamente".

"O importante é que se faça", completou.

ECONOMIA E REFIS

Meirelles destacou que o governo deve elevar em breve sua perspectiva para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, e que o número pode ficar acima de 3 por cento.

O ministro da Fazenda também afirmou nesta segunda-feira que não descarta uma nova prorrogação para adesão ao programa de renegociação de dívidas tributárias, o Refis, e estimou a arrecadação com a investida em torno de 7 bilhões de reais para este ano.

Pelas regras ainda vigentes, a adesão se encerra na terça-feira, dia 31.

(Por Marcela Ayres)