Taesa mira leilões de transmissão e vê "janela de oportunidade" para expansão
Por Luciano Costa
SÃO PAULO (Reuters) - A transmissora de energia elétrica Taesa
Executivos da companhia disseram à Reuters nesta quarta-feira que a ideia é aproveitar a baixa alavancagem da Taesa para arrematar concessões nas licitações e ao mesmo tempo buscar possíveis aquisições, como a de ativos operacionais da transmissora espanhola Abengoa, que está em recuperação judicial após uma crise financeira.
O setor de transmissão tem atraído forte interesse de investidores desde o ano passado, quando o governo do presidente Michel Temer elevou significativamente os retornos oferecidos nos empreendimentos colocados em leilão, mas muitos especialistas têm dito que essas condições especialmente atrativas não irão durar para sempre.
"Até dezembro de 2018, a gente não espera nenhuma alteração em relação à regulação da transmissão. Em 2019, vai ter um novo governo, então a gente ainda não sabe o que vai acontecer... então tem uma boa janela de oportunidade nesse momento", afirmou o diretor financeiro da Taesa, Marcus Pereira Aucélio.
A Taesa fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de 97,3 milhões de reais, queda de 55 por cento na comparação anual, impactada pelos índices de inflação que reajustam seus contratos, menores neste ano frente a 2016. Mas a companhia tem 1 bilhão em caixa e uma dívida que representa apenas 1,6 vezes a geração de caixa (Ebitda), nível considerado baixo para empresas do setor elétrico.[nL1N1NE294]
Aucélio estimou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá colocar em leilões até o final do ano que vem projetos de transmissão que demandarão cerca de 25 bilhões de reais em investimentos.
Um leilão já agendado para dezembro deste ano terá 11 empreendimentos que devem exigir quase 9 bilhões de reais dos investidores.
"Achamos que uma parte desses 25 bilhões de reais a gente consegue pegar, e com bons retornos", acrescentou o gerente de Relações com Investidores da companhia, Cristiano Grangeiro.
Os executivos da Taesa afirmaram que a empresa já tem engenheiros em campo para avaliar os projetos do próximo certame. A elétrica ainda estuda se irá disputar os lotes sozinha ou em parcerias, normalmente utilizadas pela empresa para empreendimentos de grande porte.
"Desses 11 lotes, tem 5 que representam 80 por cento do investimento previsto. São lotes grandes, e que têm grande sinergia com nossas linhas... a gente espera competição, mas também, em função dos lotes serem grandes, também não é qualquer um que tem capacidade financeira e operativa para entrar", apontou Aucélio.
Fora os leilões e os ativos da Abengoa, a Taesa também tem interesse em comprar possíveis empreendimentos de transmissão que a Eletrobras colocar à venda.
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